Hofstetter o carro esportivo brasileiro

Yuki Japah
Yuki Japah
"Jornalista automotivo e apaixonado por relíquias sobre rodas, sou o apresentador do programa 'Autofoco', onde mergulho no fascinante universo dos carros antigos. Minha missão é trazer a história, a beleza e a emoção por trás de cada clássico que cruza o meu caminho. Minhas viagens pelos corredores do tempo automotivo não se limitam a narrar fatos; elas buscam resgatar memórias, destacar detalhes singulares e celebrar a engenharia atemporal. Seja desvendando os segredos de modelos icônicos ou contando as histórias por trás de raridades automobilísticas, estou comprometido em levar os espectadores a uma jornada inesquecível pelo passado motorizado. Junte-se a mim no 'Autofoco', onde a nostalgia se encontra com a expertise jornalística, proporcionando uma visão única e apaixonada do mundo dos carros antigos. Vamos explorar juntos o legado sobre rodas que transcende o tempo e a quilometragem. "

Mário Richard Hofstetter como todo brasileiro é apaixonado por automobilismo com essa paixão se dedicou à construção de um supercarro durante os anos 70 e 80.
Seu sonho era ter um veículo semelhante aos supercarros italianos que ele admirava (Ferraris, Masseratis, Lamborghinis entre outros).
Mário construiu um protótipo equipado com um motor Ford Cosworth de Fórmula 2, capaz de gerar 230 cv de potência que levou o nome de Hofstetter.

O Hofstetter Turbo foi apresentado ao público em1984 no Salão do automóvel em São Paulo, em de uma maneira diferente na posição vertical, como se estivesse prestes a ser lançado igual um foguete.
O objetivo era destacar que seu carro seria o mais potente e rápido do que qualquer outro disponível no Brasil na época.
As linhas do carro foram inspiradas no protótipo Alfa Romeo Carabo, criado pela Bertone em 1968 com portas de abertura vertical parecido como “asas de gaivota” era considerado futurista para o público brasileiro da época.

Em 1986, Mário Hofstetter estava finalmente pronto para lançar o carro em duas versões: o Hofstetter com um motor Volkswagen AP 1.8 a álcool, produzindo 99 cv de potência, e o Hofstetter Turbo, que aumentava a potência para 140 cv, capaz de atingir uma velocidade máxima de cerca de 200 km/h e acelerar de 0 a 100 km/h em 9,3 segundos. O carro possuía um chassi tubular e carroceria de fibra de vidro, o que o tornava relativamente leve, com pouco mais de 1100 kg. Para reduzir os custos, Mário utilizou as suspensões do Chevrolet Chevette e Volkswagen Passat.

No entanto, o preço do Hofstetter acabou afastando muitos interessados que se encantaram com o design do supercarro brasileiro. O valor era equivalente ao preço de quatro Ford Escort XR3, um dos carros esportivos mais populares do Brasil na época. Em 1987, na tentativa de justificar o preço mais alto, Mário optou por substituir o motor AP pelo motor Santana, de 2 litros, aumentando a potência para 210 cv. O carro também recebeu um aerofólio traseiro para gerar carga aerodinâmica e melhorar a aderência.

Apesar dessas melhorias, o público não aderiu ao Hofstetter Turbo. Até 1993, apenas 18 unidades foram produzidas. Mário Hofstetter acabou ficando conhecido como a última grande tentativa de criar um verdadeiro carro esportivo brasileiro.

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