O Brasil ganhou mais um prêmio e não, não foi em Tóquio. Dessa vez, a medalha de ouro foi conquistada pelo jovem ribeirão-pretano, Caio Augusto Siqueira, 17, durante a Olimpíada Internacional de Física, uma das mais importantes e difíceis competições científicas. O aluno foi o único do país a se classificar para a premiação máxima.
Mas a jornada ao pódio não foi fácil. Hoje morador de Santo André e aluno do 3º ano do Ensino Médio do Colégio Objetivo Integrado, Siqueira chegou a estudar 16 horas por dia, durante a pandemia, para conseguir se classificar para a competição. E o esforço foi recompensado. O jovem conseguiu vencer a Olimpíada Brasileira de Física (OBF), em 2019, e assim se qualificar, entre mais de 200 estudantes, para uma das cinco vagas para a competição internacional.
Durante a prova, realizada de forma remota em Campina Grande, na Paraíba, entre os dias 17 e 24 de julho, reuniu 380 alunos de 76 países para resolver questões de física moderna e quântica, eletricidade e comportamento de dispositivos eletrônicos, nas modalidades teórica e prática, em cerca de cinco horas.
O aluno concorreu junto com outros quatro integrantes da delegação brasileira e foi o único a levar para casa a medalha de ouro da competição de conhecimento. Siqueira entrou na história da Olimpíada de Física brasileiro a levar o prêmio para casa.
Com 37,10 de pontuação, que vai de 0 a 50, Siqueira superou a nota de corte para receber a medalha de ouro e ainda conseguiu atingir a maior pontuação de um aluno brasileiro do ensino médio.
Olimpíada Internacional de Física
Considerada como a mãe das competições científicas, a Olimpíada Internacional de Física reúne estudantes de mais de 100 países desde 1967, quando começou a ser promovida. Em sua 51ª edição, o evento foi organizado pela cidade de Vilnius, na Lituânia, e realizado de modo virtual devido a pandemia da Covid-19.
A competição é considerada como uma das mais importantes do mundo, principalmente porque reúne pesquisadores e ganhadores do prêmio Nobel durante palestra para os alunos, além de abrir as portas das melhores universidades do mundo para os estudantes que conseguem se destacar.
Para Siqueira, a ideia agora é se dedicar para cursar ciências da computação fora do Brasil, apesar de não descartar fazer a graduação no país.
Com informações do jornal Folha de S. Paulo e Portal G1