A Justiça de Jardinópolis determinou que os dois acusados de causarem a morte do estudante Rian Augusto Rosa, que foi espancado na porta da escola onde estudava, na mesma cidade, em setembro de 2018, sejam julgados através de jurí popular
A juíza Joice Sofiati Salgado, da 2ª Vara do município, pronunciou Donizete Alfredo Bosco Campos e Kaye Mendes Pinheiro dos Santos por homicídio triplamente qualificado – motivo torpe, meio cruel e cometido de forma que impossibilitou a defesa da vítima.
Depois de sofrer a agressão, Rian ficou internado, em estado vegetativo, até 29 de julho, quando morreu. O motivo foi as lesões causadas pelo espancamento.
Segundo o Ministério Público, Donizete decidiu se vingar de Rian, com quem o namorado dele, Kayê, teve um relacionamento amoroso anteriormente.
Ainda de acordo com o MP, Kaye levou Donizete ao local e, de dentro do carro, acompanhou as agressões sem fazer nada sendo, portanto, participante da ação.
A decisão
No entender da Justiça de Jardinópolis, os dois acusados tiveram a intenção e a consciência dos atos que praticavam. “E, não há que se falar em desclassificação para o delito de homicídio culposo, vez que não há prova inequívoca da ausência de dolo”, afirma.
A juíza também determinou que Donizete permaneça preso até o julgamento e que Kayê seja mantido em liberdade até o julgamento.
O caso
De acordo com a versão do MP, Rian caminhava para o ponto de ônibus em frente à sua escola quando foi chamado por Donizete. Os dois já tinham trocado mensagem pelas redes sociais e Rian já tinha sido ameaçado pelo acusado.
Ainda na versão da Promotoria, Kayê dirigia o carro que levou Donizete ao local e acompanhou as agressões, sem interferir. Por isso, foi indiciado como co-autor do homicídio.
Depois do espancamento, Rian foi socorrido e sobreviveu, mas, devido à gravidade das lesões, acabou ficando em estado vegetativo. A saúde dele se deteriorou continuamente até a morte, ocorrida em 29 de julho.