A Justiça de Ribeirão Preto condenou, nesta terça-feira (20), dois acusados pela morte de um frentista durante o roubo de um malote ocorrido em abril deste ano em Ribeirão. Os dois já estão presos pelo crime e não poderão recorrer em liberdade. Da decisão, cabe recurso.
O frentista Vail Julião, 60, morreu baleado durante um assalto em um posto de combustíveis, na avenida Capitão Salomão, no Jardim Mosteiro, zona Norte de Ribeirão Preto, durante a tarde do dia 20 de abril. O gerente do estabelecimento, de 65 anos, também foi atingido. Julião, 60, saia com o malote, que continha R$ 12,6 mil, quando foi abordado pelo criminoso, que estava em uma bicicleta. A vítima reagiu e acabou alvejada.
Uma câmera de segurança registrou o momento que o funcionário do posto de combustíveis foi morto. O autor fugiu com um malote de dinheiro. Flávia Targino da Silva, autor dos disparos, foi preso em 6 de julho e acabou condenado a um total de 35 anos, seis meses e dez dia de reclusão, além de multa.
Já Simone Galves Franco, que era funcionária do posto e forneceu informações sobre a rotina do funcionário, foi condenada a um total de 31 anos e quatro meses de reclusão. Ela chegou a ligar para parentes da vítima, na ocasião, para consolá-los depois da morte do frentista.
Condenação
Ambos foram condenados por homicídio qualificado e aliciamento de menores. Na sentença, proferida pelo juiz Guacy Sibille Leite, da 3ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, existe a determinação para que ambos os condenados, que estão presos, permaneçam atrás das grades.
“Portanto, tratando-se de crime grave, que fomenta a prática de outros delitos, trazendo a desordem social, não poderão recorrer em liberdade. (…) Ainda, considerando a quantidade de pena imposta, imprescindível a manutenção da prisão para assegurar a aplicação da lei penal”, diz o magistrado, na sentença.
Mais acusados
Além dos dois condenados, estão foragidos João Luiz Galves Franco e Ana Paula Galves, irmão e cunhada de Simone e que foram acusados pelas autoridades de planejarem a execução do crime. Eles também responderão pelos mesmos crimes, mas em processo autônomo, que também corre na 3º Vara.
Um quinto elemento, menor de idade, também teve participação na ocorrência. O menor chegou a ser apreendido em 18 de junho e foi internado na Fundação Casa, mas acabou resgatado de lá 14 dias depois, durante a invasão do prédio por integrantes de uma facção criminosa. Ele permanece foragido.