Durante julgamento de recurso realizado nesta terça-feira (21), por solicitação da defesa do engenheiro Luis Fernando Silveira, a Justiça de Franca decidiu manter o julgamento do indivíduo por tripla tentativa de feminicídio e aborto. Com isso, o caso vai à júri popular.
O julgamento avaliou a possibilidade de transformar a natureza do crime em lesão corporal, o que foi negado pelo tribunal francano pela reunião de indícios suficientes ao feminicídio tentado, além de agravantes como motivo torpe, uso de meio cruel, impossibilidade de defesa das vítimas e crime cometido na presença de descendente.
Mesmo após a definição dos competentes, a defesa ainda poderá solicitar dois recursos, o que indefine as próximas datas de julgamento e a pena estipulada.
20 facadas
O crime aconteceu em 21 de outubro de 2024, em condomínio particular da avenida São Vicente, em Franca. Na ocasião, o homem teria invadido o apartamento e atacado a ex-esposa com 20 golpes de arma branca após discussão.
Além da ex-esposa, grávida de quatro meses, o homem também golpeou a filha de um ano e a ex-sogra. A criança foi esfaqueada na perna, enquanto a sogra foi atingida nas costas após tentar separar o conflito.
Em decorrência dos gritos de socorro, rapidamente os vizinhos contiveram o agressor até a chegada da Polícia Militar.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e a mãe e o bebê foram encaminhados para o hospital São Joaquim/Unimed, enquanto a ex-sogra foi levada à Santa Casa de Franca.
Na unidade de saúde, os médicos competentes constataram o deslocamento de placenta e perfuração no pulmão da vítima. Grávida, a vítima sofreu um aborto compulsório.



