Nesta segunda-feira (11), o Lar Santana, situado na Rua Conselheiro Dantas, 964 acordou diferente. Uma faixa instalada sobre o portão anuncia o Memorial Da Resistência Madre Maurina Borges, uma ocupação pacífica que pretende resgatar a história de resistência do prédio contra a ditadura.
O objetivo da ação é denunciar o abandono do patrimônio público, que há mais de 15 anos sofre com a negligência da Prefeitura de Ribeirão Preto, servindo como criadouro de insetos e animais peçonhentos.
Além disso, o grupo busca resgatar a história da resistência contra a ditadura civil-militar (1964-1985) e combater o apagamento da memória de figuras como Madre Maurina, Dom Felício e outros lutadores perseguidos pelo regime.
“Sem memoriais, sem documentos, sem nomes em placas, a ditadura vence duas vezes: primeiro, ao calar suas vítimas; depois, ao convencer as novas gerações de que ‘foi tudo exagero’”, destacam os organizadores.
O Memorial da Resistência Madre Maurina não será um espaço estático, mas um centro vivo de atividades, com:
- – Oficinas de direitos humanos;
- – Debates sobre a resistência à ditadura;
- – oficinas de música;
- – Teatro;
- – Cinema.
“Um memorial não é sobre o passado. É sobre o amanhã”, afirmam os organizadores, que homenageiam também Áurea Moretti, Ventura Mina, os heróis do levante de Guariba e tantos outros que lutaram pela democracia.



