Mandato coletivo acaba com acusações de assédio, racismo e falsidade ideológica

‘Co-vereadores’ apontam comportamento abusivo de Ramon Faustino, que rebate apontando ‘racismo estrutural’

0
Vereador é acusado por ex-colegas de assédio moral e sexual

Terminou nesta segunda-feira (11), com direito a trocas de acusações, o mandato coletivo “Ramon Todas as Vozes”, representação do Psol na Câmara de Ribeirão Preto. Sete “co-vereadores”, como são chamados os integrantes que não detém o cargo de forma oficial, apontam comportamento abusivo do titular da vaga, Ramon Faustino. O parlamentar, por sua vez, afirmou que as declarações do ex-colegas são fruto de “racismo estrutural”.

Em uma nota divulgada pelas redes sociais, Anita Silva, Flávio Rácy, Jéssica Romero, Márcia Rubiano, Mileide Melo, Patrícia Cardoso e Viviane Silva acusam Ramon e sua chefe de gabinete, Sheila Brandão de uma série de irregularidades.

“Enfrentamos conflitos desde fevereiro de 2021 e seguramos até aqui por respeito aos nossos eleitores. Sofremos situações como a apresentação de documentos falsos para o coletivo assinar, boicote, roubo de ideias e projetos, difamação, isolamento dentro do partido, ameaças e inúmeras tentativas de silenciamento. Temos provas desses acontecimentos e divulgaremos em breve documentos que estavam sendo tratados dentro do PSOL”, diz o texto.

O grupo estuda entrar com uma representação contra ele no Conselho de Ética do Legislativo.

Na sua “réplica”, o parlamentar disse, também por nota, que foi o grande responsável pela eleição do coletivo e que os problemas de relacionamento com o grupo são fruto de racismo.

“Foram muitos momentos e espaços em que me senti perseguido politicamente por parte de algumas pessoas do mandato que se encontravam no status da “co-vereança”. Caracterizo aqui que não somente eu, Ramon Faustino, mas também Sheila Brandão, passamos por inúmeros episódios de constrangimentos, expostos a apagamentos dentro do mandato coletivo. Dialogamos que muitas das situações, dos apagamentos e ataques vivenciados por nós são expressão de um racismo estrutural presente nas relações de poder dentro do mandato”, rebateu.