A região metropolitana de Ribeirão Preto possui, atualmente, 230 startups e empresas jovens de base tecnológica em operação no mercado. A informação é do Mapeamento do Ecossistema de Empreendedorismo e Inovação da Região metropolitana de Ribeirão Preto, levantamento feito pelo Supera Parque de Inovação e Tecnologia que tem o objetivo de incentivar e propiciar a interação e estimular a inovação entre os atores do setor.
Foi a primeira vez que um mapeamento de toda a região metropolitana foi realizado. No levantamento anterior, feito apenas com startups de Ribeirão Preto, o mapeamento revelou a existência de 181 startups.
Os dados mostram ainda que o setor de tecnologia de informação, com 66 startups, é o líder na região, seguido de biotecnologia (35) e saúde (30). Ainda segundo dados coletados pelo Supera Parque, 50 dessas empresas estão em estágio de tração (crescimento da startup sem que esta perca sua essência).
“Conhecer quais as áreas de atuação dessas empresas é importante para pensar em novas políticas de incentivo para o desenvolvimento dos setores, atraindo e gerando novos negócios para as empresas e para a cidade”, diz Eduardo Cicconi, gerente do Supera Parque.
A nova edição, que continua gratuita, conta com depoimentos e gráficos. Outra novidade é um dashboard (painel visual interativo), no qual há informações quantitativas sobre o mapeamento, facilitando a busca e o entendimento das informações. O Dash pode ser acessado através do site bit.ly/mvp1RMRP.
O mapeamento foi realizado com o apoio da Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto, da USP e conta com a participação de diferentes atores do ecossistema de inovação e empreendedores. A íntegra do estudo pode ser acessada pelo link https://bit.ly/MERMRP.
Análise
Denise Arruda, pesquisadora do Supera Parque, explica que o estudo identifica e classifica os atores do ecossistema de inovação da grande Ribeirão, além de ser uma grande vitrine.
“A inovação se consolida por meio da relação entre esses atores, que acontece para criação e desenvolvimento de novos produtos, tecnologias e negócios. Portanto, o mapeamento dá condições de entender a contribuição dos atores envolvidos no ecossistema, sua atuação e como estão conectados ou podem se conectar com outros atores promovendo inovação na nossa região”, explica.
Metodologia
Para o mapeamento, o processo de seleção foi dividido em quatros etapas: coleta de dados; critérios para seleção de atores; classificação e análise. Também foram levadas em consideração informações de agências de fomento, estudos e relatórios, bases abertas e portfólios de incubadoras.
As 230 startups e empresas foram classificadas de acordo com os seguintes critérios: ter um site ativo ou que estão em portfólio de aceleradoras ou incubadoras de startups, ser de base tecnológica, produto e/ou serviço escalável estarem localizadas em pelo menos um dos municípios da região metropolitana de Ribeirão Preto. Os dados foram registrados e consolidados em uma base de dados, por área de atuação, dentre outras.
O Supera Parque possui metodologia própria, mas baseada em estudos consolidados e que classifica startups de acordo com seus setores econômicos, ramos de atividades e tecnologias desenvolvidas. “O método utilizado é um importante instrumento para prospecção tecnológica, buscando identificar padrões em tecnologias e tipos de produtos. Vale ressaltar que este é um estudo dinâmico, com atualizações periódicas para que novas startups sejam inseridas e atualizadas. A participação das startups é fundamental para aprimorar nosso estudo”, pontua Denise.
A pesquisadora acrescenta, ainda, que caso alguma startup, empresa ou instituição não esteja mapeada, é possível efetuar um cadastro para inclusão nos próximos estudos. “Pretendemos a cada ano identificar mais atores, incluir as entidades que se cadastrarem e mapear conexões”, finaliza.