Há exatamente seis anos, um jovem estudante de 18 anos de ribeirão preto passou a representar um símbolo das manifestações por mudanças na política que aconteciam em todo o país. Marcos Delefrate foi atropelado junto com outras 12 pessoas durante uma manifestação na zona sul de ribeirão preto na noite de 20 de junho de 2013. O jovem não resistiu aos ferimentos e morreu logo após ser socorrido.
Acusado pelos crimes, o empresário Alexsandro Ichisato de Azevedo será levado a júri popular por homicídio triplamente qualificado e quatro tentativas de homicídio triplamente qualificadas em 12 de agosto deste ano. O empresário fugiu sem prestar socorro às vítimas e chegou a ficar foragido por um mês. Se for condenado nos cinco crimes pode pegar mais de 100 anos de prisão. O acusado está na penitenciária de Balbinos. a defesa tentou mudar a qualificação de homicídio doloso para acidente de trânsito. Das 12 pessoas atropeladas pelo empresário, quatro ficaram feridas. A prisão de Ichisato foi decretada no dia seguinte ao atropelamento, mas ele fugiu.
Marcos Delefrate foi homenageado com um busto colocado no local do atropelamento, no cruzamento das avenidas João Fiúsa e Adolfo Bianco Molina. Um público estimado em 30 mil pessoas participava da manifestação que acontecia também em outras cidades por todo o país e foi provocada por um aumento das tarifas de ônibus. A morte de Delefrate foi a única registrada naquele dia.
A produção de jornalismo do Grupo Thathi conversou por telefone com Maria Delefrate, avó de Marcos. Ela disse que a família ainda está muito abalada com o que aconteceu há seis anos e espera que a justiça seja feita da melhor forma no dia do julgamento. Já a advogada da família, Michele Lino preferiu não falar sobre o caso. No final do ano passado, o advogado Wagner Severino Simões abandonou a defesa de Ichizato por não concordar com algumas linhas propostas pelo cliente. O novo advogado de defesa não foi encontrado