MP investiga uso de diplomas falsos por servidores da Câmara de Ribeirão Preto

Promotor pediu à Câmara documentos sobre a formação de todos os servidores do Legislativo nos últimos dois anos

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A Câmara de Ribeirão Preto está no alvo de mais uma investigação. O Ministério Público instaurou inquérito civil para investigar denúncias de que servidores efetivos da Casa teriam utilizan­do certificados de mestrado, doutorado ou de graduação em nível superior para turbi­nar os salários. A investiga­ção foi confirmada pela promotoria ao jornal Tribu­na de Ribeirão, que publicou o caso com exclusividade.

O inquérito é conduzido pela Promotoria do Patrimônio Público, sob o comando do promotor Sebastião Sérgio da Silveira. A lei que criou o plano de Car­gos e Salários dos Servidores Municipais estabelece que toda qualifica­ção adicional pode ocasionar o aumento dos vencimentos. Para os efetivos, cujo cargo não exija nível superior, a formação universitária significa um pagamento mensal adicional.

Nas funções que exijam formação, mes­trados e doutorados também podem provocar reajuste. O MP solicitou ao Legisla­tivo o envio dos documentos com a formação escolar e os cursos realizados e apresen­tados pelos servidores efeti­vos e comissionados nomea­dos nos últimos dois anos.

São 93 servidores efetivos e 106 trabalha­dores comissionados nome­ados pelos vereadores, no máximo cinco por cada um dos 22 gabinetes. Todos os ocupantes de cargos de confiança con­tratados desde dezembro de 2021, quando foi sancionado o plano, são obrigados a ter nível superior.

Para quem já estava no cargo antes da sanção da lei, foi criado um período de adaptação. No caso do chefe de gabinete e do assessor direto do vereador, o prazo para a conclusão do curso superior é dezembro de 2023. Para os as­sessores parlamentares o prazo máximo é dezembro de 2024.