Mulher assume forjar o próprio sequestro para pagar dívidas no interior de São Paulo

Fato aconteceu na cidade de Piracicaba. Os policiais civis avistaram onde o dinheiro foi deixado dois indivíduos, e que um deles fez uma “dancinha”, ou seja, como se estivesse comemorando a chegada do dinheiro

A equipe da 1ª DIG/DEIC, comandada pelo delegado Marcel Willian Oliveira de Sousa esclareceu a trama do suposto sequestro ocorrido no último dia 08 de dezembro, na cidade de Piracicaba.

Segundo o marido L.G.S., um corretor de imóveis de 46,  sua esposa, cabelereira também de 46 anos, havia ido à São Paulo para tratar de assunto relacionado a um automóvel de propriedade do casal que teria sido roubado, e localizado naquela cidade.

O marido começou a receber ligações telefônicas onde foi informado que sua esposa havia sido sequestrada, e passou a exigir uma determinada quantia em dinheiro para que a vítima fosse libertada.

A entrega do pagamento foi em frente a uma construção. O valor combinado foi deixado pelo esposo, e a equipe da polícia acompanhava todo o caso, com certa distância para preservar a vida da vítima.
Depois de realizar o pagamento, a mulher fez contato com o marido, dizendo que estava nas proximidades de um supermercado, da Avenida Rio das Pedras.
A vítima foi levada à DEIC, e apresentou a mesma versão do marido, confirmando que fora até o município de São Paulo para tratar de assuntos relativos a um veículo pertencente ao casal que havia sido roubado e depois foi trazida até Piracicaba, onde os criminosos acabaram realizando ligações para o seu companheiro exigindo a entrega da quantia em dinheiro como resgate.
Os policiais civis avistaram onde o dinheiro foi deixado pelos dois indivíduos, e que um deles fez uma “dancinha”, ou seja, como se estivesse comemorando a chegada do dinheiro. O indivíduo que “dançou” acabou conseguindo fugir e outro indivíduo acabou sendo detido, identificado como o servente de pedreiro A.M.L., 37 anos, esse não  soube informar porque o outro indivíduo acabou fugindo quando avistou a polícia.

O servente inicialmente informou que estava no local trabalhando, local esse uma obra em construção, onde os policiais encontraram um colchão e um telefone celular. O servente disse que o aparelho celular lhe pertencia,  o mesmo não se tratava de um smartphone, ou seja, sem acesso a aplicativos ou redes sociais.
Os policiais acabaram identificando o IMEI do telefone (número de identificação internacional do aparelho) exatamente o mesmo IMEI que estava sendo utilizado para a exigência da quantia em dinheiro para libertação da vítima. A pessoa de A.M.L. assumiu que era o proprietário do aparelho telefônico e que seu patrão, acompanhado de outro indivíduo, também estavam envolvidos na situação, inclusive, confessou aos policiais civis que ele mesmo havia, em algumas ligações, conversado com o esposo da vítima do sequestro.
A polícia decretou voz de prisão ao servente e o mesmo reconheceu um outro indivíduo como um dos participantes do caso, que foi registrado como extorsão mediante sequestro.
As investigações tiveram prosseguimento. E após novas diligências investigativas, tiveram um novo depoimento da “vítima” D.C.A.S., onde acabou por afirmar que, na realidade, em virtude de sua família estar passando por dificuldades financeiras veio a contrair um empréstimo com agiotas, sem o conhecimento de seu marido, em que o saldo devedor tornou-se impossível de quitar, sendo obrigada a entregar seu veículo como garantia, porém, dizendo ao seu esposo que o mesmo havia sido roubado.
Em virtude da situação desesperadora que estava passando, teve a idéia de simular o próprio sequestro, convidando para tal empreitada a pessoa de M.M.C., 39 anos, marido de uma cliente do salão em que trabalhava.
No dia 08 de dezembro, ela encontrou com M.M.C, na rodoviária de Piracicaba, sendo levada então até a sua residência no bairro Alvorada, local onde passou a noite.
Segundo o boletim de ocorrência, ela disse que não acompanhou as negociações acerca dos valores, informando que no dia seguinte, 09 de dezembro, após o pagamento do resgate, foi levada até um supermercado na avenida Rio das Pedras onde encontrou com seu pai e seu esposo.
A cabeleireira esteve na DEIC acompanhada de sua advogada, a qual entregou ainda grande parte do dinheiro pago na ocasião como resgate, dinheiro este devolvido por M.M.C., o qual ainda encontra-se foragido.
Fonte: Piracicaba Hoje

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