Uma vendedora de 25 anos quebrou três dedos e os dois joelhos em um acidente de moto envolvendo um caminhão na zona Sul e aguarda mais de 10 dias por uma cirurgia, que deveria ser de urgência.
Segundo Natália Silva Lima, a Secretaria de Saúde não libera a realização do procedimento médico pois os hospitais públicos da cidade não possuem os equipamentos necessários para a realização da cirurgia. “Eles alegam não ter os equipamentos necessários para fazer a cirurgia e eu tenho que vir embora porque não posso ficar lá por causa do Covid-19”, disse a vendedora.
Natália afirmou que passou por três hospitais na cidade. O primeiro, localizado no bairro Vila Virgínia, não realizou o Raio-X completo, não notificando sobre as fraturas em ambos os joelhos da paciente. No Santa Lydia, outro Raio-X foi feito, onde foi constatada a lesão nos joelhos e também foi informado sobre a necessidade de uma cirurgia urgente.
Saga
Encaminhada então para a Beneficência Portuguesa, no Centro de Ribeirão Preto, a paciente chegou a ficar de jejum no processo pré-cirúrgico, mas recebeu alta no dia seguinte e a cirurgia foi remarcada para o dia 28 deste mês.
“Me levaram para a Beneficência Portuguesa, que lá foi onde eu achei que seria operada, mas só me fizeram esperar de jejum para nada, para chegar no outro dia, 15h da tarde, e me darem alta porque não podiam estar realizando a operação”, disse.
A paciente ainda reclama sobre a falta de preparo em relação ao transporte dos pacientes. Segundo ela, o transporte entre um hospital e outro precisou ser realizado no veículo de seu marido, caso contrário, seria necessário solicitar um táxi por aplicativo devido a falta de ambulâncias. “Na Vila Virgínia, a gente chegou e eles falaram que meu esposo teria que me levar para o hospital Santa Lydia, perguntaram se tinha algum modo de condução se não a gente ia ter que ir de Uber, pois não tinha ambulância”, afirmou.
Outro lado
Procurada, a Secretaria Municipal da Saúde informou que a paciente “foi atendida na UBDS Vila Virgínia e Hospital Santa Lydia, onde recebeu a assistência necessária e regulada para a Beneficência Portuguesa onde será operada”.
Informou, ainda, que a programação da operação “é de competência do hospital”. Procurado, o hospital não se manifestou até o momento. Assim que o fizer, o texto será atualizado.