Imagens do circuito interno de um posto de gasolina registraram o reencontro emocionante entre pai e filho em uma loja de conveniência que aconteceu na quarta-feira (12), na Thomas Alberto Whatelli, no Jardim Aeroporto, na zona Norte de Ribeirão Preto.
Depois de caminhar por aproximadamente 35 minutos a uma distância de cerca de 1.5 km, o garoto de 6 anos que saiu da Emef Jaime Monteiro de Barros foi encontrado as margens da Rodovia Anhanguera.
Mãe de dois filhos, sendo um deles de seis anos, a porteira Juliana Priscila de Souza, que foi quem encontrou o garoto, conta que estava em seu dia de folga e que a agenda que estava na mochila dele ajudou na identificação para que o reencontro com os pais acontecesse.
Ela conta que não costuma passar pelo local e que entrou na via depois que um caminhou fechou o cruzamento. “Eu acho que foi Deus quem colocou aquele caminhão ali. Eu não costumo passar por aquele caminho, e estava de folga. Tive que ir ao Poupatempo, o que também não faço sempre”, contou.
Ela relata que viu a criança e, depois, resolveu voltar para checar se estava tudo bem. “Eu estava saindo da Anhanguera e entrei da Thomaz Alberto Whatelli, quando vi o menino e meu coração falou volta, tem alguma coisa errada. Aquele momento que o coração de mãe que viu uma criança sozinha andando e fui para ajudar”, conta.
Ela relata ainda que, ao chegar ao jovem, perguntou o que tinha acontecido e porque ele estava parado ali. “Ele disse que morava ali perto. Abri a mochilinha dele e na agenda tinha os contatos dos pais. Liguei para a mãe e ela estava desesperada porque não sabia do filho há mais de meia hora”, contou.
Calma
Juliana relata que tentou acalmar a criança, que, a princípio, estava tímida. “Falei que ele estava bem, disse que ia para um posto de combustíveis próximo, porque ali estava muito sol e ele estava assustado. Passei o endereço de onde eu estava com ele e eles foram para lá”, disse Juliana.
Ela contou que o menino estava com muito medo e não conversava muito. “Depois que consegui falar com a mãe dele, ele colocou as duas mãozinhas no rosto e começou a chorar”.
Juliana disse ainda que o pai estava desesperado, se ajoelhou agradecendo a Deus e disse que ela era um anjo por ter salvado a vida de seu filho. “´Você salvou a minha vida, é muito perigoso esse lugar´, o pai dele ficava falando. A gente que fica pelo trânsito sabe o número de pessoas que passa pela rodovia e que ele poderia até ter sido levado embora. O que ajudou muito também foi a agendinha dele com os contatos de emergência. Eu não tenho nem palavras.”