Durante a abertura oficial da 26ª edição da Agrishow, nesta segunda-feira (29), o presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), defendeu a posse de armas para os produtores rurais.
Ao dizer que “a propriedade privada é sagrada e ponto final”, ele afirmou que os donos de terras têm o direito de se defender e que, inclusive, vai enviar ao Congresso Nacional um projeto que prevê o “excludente de ilicitude”. O objetivo da medida é fazer com que os ruralistas que ferirem alguém em legitima defesa respondam pelo ato, mas não sejam punidos.
O discurso de Bolsonaro começou pouco antes do meio dia e não chegou a durar dez minutos. No começo, agradeceu ao votos que teve em Ribeirão Preto e região e, em seguida, disse estar emocionado por participar da feira.
“É muita responsabilidade estar aqui. Tenho orgulho em voltar a essa cidade. O que eu quero como chefe do Executivo? Não atrapalhar quem produz”, alegou.
Depois de declarar que o setor do agronegócio foi impulsionado por Emílio Garrastazu Médici, presidente do Brasil durante a ditadura militar, Jair Bolsonaro também anunciou R$ 1 bilhão para o seguro rural na safra 2019/2020 e ‘pediu’ ao presidente do Banco do Brasil, Rubem Novaes, para que a instituição financeira ofereça juros mais baixos aos produtores rurais.
Em outro trecho da coletiva de imprensa feita na Arena do Conhecimento, espaço da Agrishow que sediou a abertura da feira, o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) foram citados. O presidente disse que, junto com o ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, promoveu uma “limpa” nos órgãos. “O homem do campo tem que ter o prazer de receber a fiscalização”, finalizou.
Reportagem: Murilo Badessa.
O Grupo Thathi acompanha a Agrishow e atualizará as informações e atualizará as informações, assim que disponíveis.