“Não tinha percebido que era traveco”: Jovem de 22 anos fica ferida ao ser violentada por motorista não identificado

Com ferimentos nos joelhos, cotovelo e costas, a vítima buscou atendimento na UPA, foi receitada com dipirona e recebeu alta

Suspeito não foi identificado | Foto: Arquivo pessoal

Uma mulher trans de 22 anos, cuja identidade será preservada, ficou ferida, na madrugada desta segunda-feira (19), ao ser agredida por um motorista ainda não identificado, no bairro Jardim Marchesi, em Ribeirão Preto.

A vítima alegou que estava em uma adega quando, ao subir algumas ruas a fim de urinar, foi abordada pelo motorista misterioso.

De início, a vítima acreditou que o chamado havia sido proferido por algum conhecido, mas logo se deparou com o rosto desconhecido. O homem ocupava um veículo Volkswagen Gol.

Em seguida ao convite de aproximação, o homem passou a agredir a mulher. “Não tinha percebido que era um traveco”, teria dito o homem conforme relatado pela própria vítima.

Em ato seguinte à afirmativa, o homem empurrou a porta do carro contra a mulher que, em revide, arremessou bebida alcoólica no indivíduo agressor.

O homem, ainda não identificado, desceu do carro e continuou com a violência física. Ambos caíram no chão, e o homem chegou a ter o rosto mordido pela mulher envolvida na briga. A jovem foi atingida com socos, chutes e revidou enquanto o agressor tentava lhe estrangular. As agressões foram cessadas.

Ao ser mordido, o agressor retornou ao veículo e a vítima comunicou os amigos sobre o ocorrido. Tempo depois, com a vítima já acompanhada pelas amizades, o agressor retornou ao local dos fatos. “Tinha certeza que ele ia me matar”, disse a vítima em relato ao jornalismo do THMais.

Por medo do homem estar armado, a vítima tentou empreender fuga correndo e, neste momento, sofreu um tombo que resultou em novas escoriações pelo corpo.

A mulher conseguiu se esconder no banheiro da adega após a fuga. Testemunhas afirmaram à vítima que o homem portava uma estaca de madeira e procurava por ela. Por isso, permaneceu escondida no sanitário.

Quando notou que o agressor já havia deixado o cenário da violência, a vítima chamou um veículo por aplicativo e seguiu à delegacia da Vila Virgínia, não sendo atendida pelos agentes competentes entretanto. Foi em seguida à UPA, onde tomou medicamento, recebeu receita para dipirona e foi liberada sem qualquer limpeza no ferimento, ao menos. A Secretaria de Saúde foi questionada sobre o procedimento, mas não retornou até então.

A mulher ficou ferida nos dois joelhos, cotovelo e costas. Ainda nesta tarde, a vítima deve passar por exame de corpo e delito, e o crime segue em investigação.

Um Boletim de Ocorrência foi registrado na delegacia da rua Duque de Caxias, e nenhum suspeito foi identificado até o momento.

“O pior de tudo é se sentir completamente desamparada e desconfortável por pessoas completamente despreparadas a serviço público. Mas seguirei até o fim e farei o que for preciso para identificar e seguir conforme a lei, se é que ele é capaz de me resguardar”, lamentou.