Ninguém mais quer: Segundo juiz se declara suspeito para julgar a Sevandija

Guacy Sibille Leite pediu ao Conselho Superior da Magistratura para não atuar na operação

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Justiça de Ribeirão Preto autorizou a liberação do médico para cumprir prisão domiciliar - Foto: Divulgação

O juiz Guacy Sibille Leite, da 3ª Vara Criminal de Ribeirão Preto, pediu ao Conselho Superior da Magistratura do Tribunal de Justiça de São Paulo que o declare suspeito para atuar nos processos derivados da Operação Sevandija. Ele é segundo magistrado a pedir afastamento dos processos. Lucio Eneas Ferreira, da 4ª Vara Criminal, já havia feito o mesmo no início deste mês.

Guacy alegou em ofício enviado ao CSM que o fato de ter testemunhado para um réu no caso o impede de atuar na condução das ações penais e cautelares que embasaram as investigações. Se acatar o pedido do juiz, o conselho precisa indicar outro magistrado – o terceiro – para assumir o caso.

Interceptações

No final de setembro, o STJ (Superior Tribunal de Justiça) decidiu anular as interceptações telefônicas autorizadas por Lucio Eneas Ferreira no âmbito da operação. Os ministros concluíram que não houve “fundamentação idônea” para a decretação das medidas.

O Ministério Público de São Paulo recorreu da decisão, pedindo que os grampos sejam mantidos. Se anulação for confirmada, todas as sentenças da Sevandija serão anuladas e o novo juiz designado terá de analisar novamente os processos, sem as provas obtidas ilegalmente.