No ar durante a vigência das cinco últimas Constituições brasileiras, o programa A Voz do Brasil – noticiário de rádio mais antigo do Hemisfério Sul – completou nesta sexta-feira (22) 87 anos.
Para a edição especial de aniversário, A Voz do Brasil recebeu o secretário especial de Comunicação Social da Presidência da República, André Costa. A Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que produz diariamente o programa, é vinculada diretamente à Secretaria de Comunicação (Secom) do governo federal.
“O rádio fala ao coração das pessoas. Este é um espaço muito privilegiado, que leva aos locais mais distantes deste país a informação verdadeira, aquilo que são as políticas que o governo está colocando à disposição do povo como um retorno pelo investimento que o cidadão faz em cada um de nós pelo serviço público”, disse Costa.
Considerada patrimônio da comunicação pública e intimamente conectada à memória afetiva de moradores de todas as regiões do país, o icônico boletim diário soma histórias e depoimentos de cidadãos que tiveram acesso à informação por meio do programa. “Desde adolescente eu acompanhava meu pai no carro, sempre ouvindo A Voz do Brasil. É muito gratificante ouvir esse tipo de depoimento. As pessoas se reúnem ao redor do rádio para ouvir à Voz, ou seja, nós damos voz ao brasileiro”, declarou o secretário.
Além de notícias dos palácios do governo federal, A Voz do Brasil levou aos ouvintes informações sobre a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). O programa narrou as conquistas do país em cinco edições de Copa do Mundo e a derrota em duas – a mais traumática em 1950. A Voz registrou a inauguração de Brasília (1960) e cobriu a morte de ídolos como Carmen Miranda (1955) e Ayrton Senna (1994).
Pelo rádio, e pela A Voz do Brasil, muitos brasileiros souberam da invenção da pílula anticoncepcional (1960), a chegada do homem à Lua (1969), dos primeiros passos da telefonia móvel (1973), da queda do Muro de Berlim (1989) e da clonagem da ovelha Dolly (1998).