Nomes de praças e vias públicas de Ribeirão são substituídos em ação de manifestantes

Segundo a coordenadora do grupo Juntos o objetivo é homenagear pessoas que lutaram por seus direitos frente a líderes autoritários

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Foto: organização

Manifestantes do grupo Juntos e da frente Nacional de Jovens Anticapitalistas trocaram o nome de ruas, avenidas e praças de Ribeirão, no último sábado (14). A ação, segundo integrantes, tem por objetivo homenagear personagens que consideram de resistência frente a líderes que consideram totalitários.

Ao todo, no último final de semana, foram feitas aproximadamente 20 substituições. Os locais escolhidos foram as avenidas Presidente Kenedy, Nove de Julho, Francisco Junqueira, além das ruas, Duque de Caxias, Borba Gato, praça Sete de Setembro e Rodovia Antônio Duarte Nogueira.

Nos lugares, os nomes foram alterados para Cacique Raoni, líder indígena, Paulo Galo — recentemente preso por atear fogo no monumento de Borba Gato —, Frida Kahlo, Lélia Gonzales, intelectual negra, Carlos Marighella, líder guerrilheiro na ditadura, dentre outros.

As ações devem continuar nesta terça-feira (17), e o planejado é substituir mais cinco nomes. Segundo a dirigente do Juntos, Luiza Gonzales, as manifestações são coordenadas e feitas em algumas cidades do estado de São Paulo, como na própria capital e em Campinas.

“Nós pretendemos fazer mais e, por isso, queremos que seja divulgado, que jornais saibam. Não aceitaremos que Ribeirão Preto seja uma cidade coronelista e que preza tanto por homenagear aqueles que tentam apagar a história ou manter uma história de operação ao povo negro”, diz ela.

Participantes

No movimento do último dia 14, participaram seis pessoas. O grupo foi formado por estudantes da Universidade de São Paulo (USP) e universidades privadas de Ribeirão, além de professores.

A organização foi feita pelos “Militantes da Negritude”, que se organizaram, aliados aos outros movimentos.

As ações são interligadas. Em São Paulo, aconteceu em 11 de agosto, já no dia 12, foi em Campinas, com jovens da Unicamp, e também da USP. Segundo os organizadores, o objetivo é descomemorar o autoritarismo.