O registro de casos da Covid-19 provocados pela nova cepa em cidades do estado de São Paulo e da região como Araraquara, Araras, Ribeirão Preto e Serrana, reforça a necessidade da adoção dos cuidados básicos para conter a continuidade e propagação da pandemia.
A médica infectologista Sílvia Fonseca, Diretora Corporativa de Infectologia do Sistema Hapvida, do qual o Grupo São Francisco faz parte, alerta que o comportamento da população continua sendo a melhor estratégia para prevenção da doença.
“Os vírus são transmitidos por gotículas e tentam se multiplicar, por isso acontecem as mutações. Já descobrimos quatro variantes que são mais transmissíveis e vão se instalando com mais facilidade. Isso aconteceu no Reino Unido, na Califórnia, na África do Sul e aqui no Brasil, quando começou a ser detectada no estado do Amazonas. Assim, precisamos parar o contágio. Para isso, todo mundo deve continuar usando máscara, manter o distanciamento, usar bastante o álcool em gel e fazer uma boa higienização das mãos”, orienta Sílvia.
De acordo com a Secretaria Estadual da Saúde, foram registrados casos de Covid-19 da cepa (sinônimo de “variante” ou “linhagem”) nas cidades de São Paulo (capital), Jaú, Águas de Lindóia, Araraquara, Ribeirão Preto, Serrana e Araras. Houve também sete casos da variante britânica previamente confirmados neste ano, sendo cinco da capital e dois de Sorocaba. Ainda existem dois casos suspeitos aguardando confirmação em Peruíbe e Santos, no litoral do estado, e 13 em Campinas, que estão sendo analisados pelo Instituto Adolfo Lutz.
A Diretora Corporativa de Infectologia do Sistema Hapvida esclarece que a forma de atuação da nova cepa ainda está sendo estudada, por isso é importante adotar um comportamento mais rigoroso em relação à prevenção.
“Precisamos cuidar uns dos outros, vivemos em sociedade e não podemos fazer tudo que temos vontade. Continua valendo a recomendação de nada de aglomeração, nada de festa, prevalecendo o distanciamento social e o uso de máscara. Tudo ainda está sendo estudado, mas está claro que as cepas são capazes de contaminar mais pessoas e sobrecarregar o número de atendimentos. Aí, vão faltar leitos, profissionais, equipamentos, remédios e o tão falado colapso poderá acontecer”, adverte a médica.