Novo anúncio de greve ameaça transporte público em Ribeirão

O Sindicato dos Motoristas de Ribeirão Preto decretou estado de greve, nesta segunda-feira (5), e, agora, os patrões terão 72h para buscarem um acordo

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Foto: Divulgação

Mais uma greve pode ameaçar o transporte público em Ribeirão. O Sindicato dos Motoristas de Ribeirão Preto decretou estado de greve, nesta segunda-feira (5). A decisão busca pedir uma melhora nos salários e se manifestar contra cortes no vale-alimentação e também no plano de Saúde.

Segundo o responsável pelo Sindicato, José Henrique Bueno “esta é uma reivindicação antiga que foi cessada devido a falta de pagamento por parte do consórcio PróUrbano em maio anterior. Agora estamos pedindo 7,5% de reajuste salarial. Porém as empresas querem dar apenas 5%. Além disso, os patrões querem reduzir o auxílio alimentação e cortar o plano de Saúde”. Ele ainda classificou a proposta como absurda.

A greve busca a correção do salário de acordo com a inflação. No ano passado, a categoria não teve o aumento equivalente ao índice inflacionário de 2,49%. Além disso, o PróUrbano deu como alternativa a diminuição de R$ 732,00 mensais para R$ 600,00 do vale alimentação.

Fazem parte do movimento trabalhadores da Rápido D’oeste e também da Transcorp, integrantes do consórcio PróUrbano. A decisão partiu de duas reuniões realizadas pelo sindicato com os trabalhadores e, então, foi decidido pela decretação do estado de greve que significa um aviso.

Agora, as empresas terão 72h para avaliar os pedidos dos trabalhadores e caso não haja nenhum acordo, o transporte público mais uma vez ficará paralisado.

Em maio

No final do mês de maio a categoria anunciou uma greve devido a atrasos no pagamento de salários e também do vale alimentação dos trabalhadores. Além disso, a a classe pedia a imunização dos trabalhadores que havia sido recentemente aprovada pelo Governo do Estado São Paulo.

Uma das respostas ao problema foi a aprovação, pela Câmara Municipal,  de uma proposta enviada pelo prefeito Duarte Nogueira (PSDB)  de um repasse de R$17 milhões ao consórcio PróUrbano. A medida previa a liberação inicial de R$7 milhões e depois, mais cinco parcelas de R$ 2 milhões.

Após o placar de 12 a 10 favorável a medida, o Sindicato reuniu-se mais uma vez em assembleia e decidiu finalizar a paralização. O fato ocorreu no dia nove de junho.

Já o primeiro repasse ao consórcio PróUrbano ocorreu no dia 15, no valor de R$5 milhões, R$2 milhões a menos da quantidade máxima permitida.

Com informações de Valmir Bononi