Desde domingo, 1º de outubro de 2023, o preço do litro do diesel ficou, em média, R$ 0,13 mais caro em todo o Brasil. O motivo é a segunda etapa da volta da cobrança de PIS/Cofins prevista em medida provisória editada pelo governo Lula, que estabelece a reoneração progressiva dessa tributação sobre o preço do combustível.
A gasolina e o etanol não tiveram alteração tributária. A alíquota do PIS/Cofins sobre o diesel tinha sido zerada, em março de 2021, ainda no governo Jair Bolsonaro.
E, conforme a atual MP, ainda ocorrerá uma terceira e última etapa de reoneração, prevista para 1º de janeiro de 2024, quando haverá acréscimo de mais R$ 0,11 no valor do litro de diesel. Após isso, será atingido o total da alíquota, somando uma alta de preços na ordem de R$ 0,35 por litro de diesel, provocada pela volta do PIS/Cofins.
Local e regional
A projeção do Núcleo Postos Ribeirão Preto, associação independente que reúne 85 revendedores, é de que, com essa segunda etapa de reoneração, o preço médio do litro do diesel fique em torno de R$ 6,40, na cidade e região.
Segundo Fernando Roca, presidente do Núcleo Postos RP, “É possível que nos próximos dias tenhamos reflexos desse aumento também nos preços da gasolina e do etanol, uma vez que a frota que transporta esses outros combustíveis também é movida a diesel. É um impacto pequeno, mas que acaba sendo percebido”, explica.
Ainda de acordo com Roca, para as próximas semanas, outro fator preocupa, “É a recente disparada do preço do petróleo no mercado internacional. Mesmo com a Petrobras tendo descolado a política interna de formação de preços, da volatilidade do mercado externo, a pressão será grande para que novo reajuste aconteça no Brasil. Resta saber por quanto tempo mais a Petrobras vai conseguir segurar os preços nos patamares atuais”, finaliza.
