“Sempre quando a gente decide disputar uma prefeitura, claro que todo ser humano tem aquela dúvida existencial – será que eu devo mesmo? Será que é um desafio que eu devo enfrentar? E eu tinha uma convicção que eu devia, até porque eu tinha o sonho de ser prefeito. É o cargo que eu me sinto mais realizado na minha vida”. Foi desta forma que Ricardo Silva (PSD) descreveu o sentimento de assumir a prefeitura de Ribeirão Preto, seis meses depois de ocupar o cargo.
A afirmativa surgiu durante entrevista exclusiva do prefeito ao programa Estúdio TH+, na manhã desta quinta-feira (03). Ainda durante o bate-papo, conduzido pelo jornalista José Fernando Chiavenato, com participação de Eduardo Schiavoni, o prefeito Silva disse que liderar o executivo é “gratificante demais. A gente aprende que o prestígio nunca é da pessoa, é do cargo, e o mandato termina”, disse.
“É sempre assim. O pessoal ganha a eleição e já planeja a reeleição. Agora tem que ver, a reeleição tem que combinar com o povo, né? Eu estou feliz para os quatro anos de mandato, (vou) fazer um bom mandato e depois o futuro a Deus pertence”, continuou o prefeito Silva.
Quando indagado sobre as primeiras assinaturas no primeiro dia de mandato – incluindo a promessa de encerrar a proibição de estacionar veículos na Av. Dom Pedro I – Ricardo Silva confessou a prioridade de resolver questões emergenciais, como as obras da Av. Nove de Julho e a retomada das vendas no Centro.
“Minha preocupação no início foi de resolver questões emergenciais, questões que eu via pulsar na cidade, que chamavam a atenção, escancaram, gritavam e as pessoas que estavam no comando parecem que não ouviam esses gritos, de socorro mesmo”, disse o prefeito.
“Agora, com tempo para respirar, é planejar os grandes projetos e planejar a cidade que queremos para o agora e o amanhã”, completou o prefeito Silva.
Em relação à estratégia adotada para a comunicação da prefeitura nas redes sociais, contrastando ao método de divulgação dos atos pela gestão executiva passada, Ricardo diz estar sendo ele mesmo.
“Eu estou no máximo, sendo o Ricardo que eu sou. Quando fui vereador e deputado, eu passava uma imagem de terno, muito ríspido, e que não era eu. Quando venci a eleição para prefeito, uma eleição bem difícil, eu falei – olha, as pessoas votaram em mim, diante de um segundo turno tão difícil, é porque elas gostam de mim. Eu preciso mostrar quem eu sou de verdade, então é esse o tom. No dia-a-dia, eu não sou nada formal”, explicou Ricardo Silva. “O bom humor faz parte”, continuou.
“Não quero mais vestir um personagem, eu não quero ser um cara de terno, que nem uso terno direito. Sou um cara muito mais tranquilo, mais aberto, mais direto. Eu acho que tem dado certo”, complementou o prefeito.
A respeito do secretariado, Ricardo diz estar satisfeito e afirmou que as quedas – dos secretários da pasta de Planejamento e Desenvolvimento Urbano e de Governo – foram por motivos pessoais. “Os partidos me respeitam muito. Nenhum partido manda em secretário, quem dá o tom é o prefeito”.
Sobre o acesso de Duarte Nogueira ao PSD, partido do atual prefeito de Ribeirão Preto, Ricardo comentou respeitar o ex-mandatário da cidade, mesmo não tendo qualquer tipo de relação com o novo integrante do partido, liderado por Kassab. Disse ainda continuar o comando da legenda no perímetro municipal.
“Como todo homem público deve ser, eu não tenho problemas pessoais com ninguém. Fato é que eu não tenho relação com o Nogueira, relação política zero com o Nogueira, eu não converso com o Nogueira, ele não é meu amigo, não faz parte do meu círculo de amizade, não faz parte do meu círculo político, não está no meu radar. Não tenho nada contra ele, respeito”, disse Ricardo.
Assista a entrevista na íntegra: