Home Notícias Cotidiano O preço da corrupção no Brasil é bem maior do que vamos economizar na Reforma da Previdência

O preço da corrupção no Brasil é bem maior do que vamos economizar na Reforma da Previdência

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A corrupção brasileira vem desviando dos cofres públicos bilhões, até trilhões ao longo de anos, não sabemos ao certo se tudo isso começou no mensalão ou se anteriormente, desde que o Brasil é Brasil existiam essas “trocas de favores”.
Em levantamento feito pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (FIESP) revelou em Janeiro de 2018 que o buraco na corrupção é muito maior do que o da previdências, sejamos alguns exemplos:

Petrolão = R$ 45 bilhões

Operação Zelotes = R$ 19 bilhões

Refinaria Abreu e Lima = Era para custar R$ 10 bilhões, mas vai custar R$ 66,5 bilhoões

Banestado = US$ 30 bilhões (Aproximadamente R$ 115 bilhões)

Dando um total de aproximadamente R$ 235 bilhões só nesses quatro tópico de valores divulgados em 2018.
Já em março de 2018, a força tarefa da lava jato tinha recuperou mais R$ 11,9 bilhões com acordos, lembrando que isso não significado que tudo o que foi roubado, mas sim o que foi recuperado.
E no ultimo dia 5 Justiça Federal autorizou a devolução de R$ 681 milhões recuperados pela lava jato, além de mais de R$ 16 bilhões que já foram devolvidos até junho de 2019.

Depois de analisarmos esses números retirados de sites e portais de notícias, podemos fazer uma conta rápida somente com os tópicos abordados acima e conseguimos chegar em praticamente 2 anos, com um valor aproximadamente de R$ 252 bilhões recuperados pela operação lava jato.

No dia 25 de abril de 2019 o presidente Bolsonaro divulgou que a reforma da previdência se aprovada vai economizar um total de R$1,072 trilhões em 10 anos, em uma suposição, se a lava jato continuar a recuperar o valor médio que foi realizado no ano anterior e nesse e fizermos uma conta rápida e clara, chegamos no valor de R$ 1,260 trilhões de reais, cerca de 17,5% a mais nos cofres públicos do que se a reforma for aprovada.

Isso só consegue nos provar, mais uma vez que a Reforma da Previdência não é uma das prioridades que o governo teria que ter, e sim teriam que intensificar a fiscalização sobre as investigações da lava jato e corrupções futuras.
Aliás, no Brasil, Previdência e corrupção sempre andaram de mãos dadas. O caso mais célebre foi o da ex-advogada Jorgina de Freitas. Na década de 80, em conluio com servidores, promotores e juízes, ela surrupiou R$ 2 bilhões, do INSS, em valor atualizado.

Jorgina acabou condenada e presa, mas quantas outras Jorginas gozam a vida por aí, enquanto milhões de trabalhadores perdem o sono?
Só os que costumam almoçar com a Fada do Dente podem imaginar que a corrupção na própria Previdência é coisa do passado.
Parece óbvio que a angústia provocada pela eventual reforma da Previdência seria desnecessária caso o combate à corrupção fosse uma política de governo.