Operação Kirvem | Polícia Civil de Ribeirão Preto cumpre dois mandados de busca após roubo de R$ 2 milhões em Bitcoins

A Polícia Civil, por meio do Centro de Inteligência de Ribeirão Preto, em ação conjunta com o Cybergaeco, cumpriu dois mandados de busca relacionados à Operação Kirvem, com objetivo de prender sequestradores que receberam mais de dois milhões de reais em bitcoins após sequestro seguido de roubo.

Durante o crime, as vítimas foram forçadas a realizar a transferência do dinheiro em bitcoins como condição para a liberação do cativeiro. De acordo com as autoridades, os sequestradores tinham conhecimento de que as vítimas mantinham os criptoativos em uma “hardware wallet” (carteira física) e executaram o crime visando à obtenção desses recursos.

Após investigação, foi possível identificar que, depois do recebimento do resgate, os criminosos realizaram múltiplas transferências para mais de cento e vinte endereços distintos na própria blockchain, na tentativa de ocultar a origem dos valores. A manobra, no entanto, não impediu o rastreamento dos criptoativos e a identificação dos criminosos.

Na ocasião foram cumpridos seis mandados de prisão temporária (posteriormente convertidos em prisão temporária) e nove mandados de busca e apreensão, na cidade de Ribeirão Preto, e nos Estados do Ceará, Maranhão e Tocantins.

Com a conclusão das investigações acerca do sequestro, foi verificado que possivelmente a origem das criptomoedas, então mantidas pela vítima e usadas no pagamento do sequestro, teriam origem espúria decorrente da atividade criminosa.

Foi possível identificar que ele desenvolve anúncios e páginas falsas na internet, bem como programas maliciosos, usados para captar dados de usuários que aplicam em criptomoedas para invadir o dispositivo da pessoa e após captar seus dados de acesso, realizar a transferência indevida de suas carteiras de moedas virtuais, razão pela qual na presente data foi deflagrada atuação de campo para o cumprimento de mandado de busca em locais vinculados ao investigado, que responderá por lavagem de dinheiro.

Não foi registrado apreensão de objetos, mas foram bloqueados criptoativos mantidos numa Exchange pelo investigado.

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