O atual ministro da Economia, Paulo Guedes, descartou, nesta quarta-feira (7), a prorrogação do auxílio emergencial até os primeiros meses de 2021. O benefício, aprovado para minimizar os efeitos econômicos e sociais da pandemia da Covid-19, será encerrado em dezembro, segundo o ministro.
Até o momento, foram autorizados cinco pagamentos de R$ 600 e outros três de R$ 300. “Tem um plano emergencial e o decreto de calamidade que vão até o fim do ano. E no fim de dezembro acabou tudo isso”, afirmou Guedes. O prolongamento, segundo informações, passou a ser especulado diante do impasse para a criação do Renda Cidadã.
Entretanto, o Governo Federal ainda não definiu como irá financiar o programa social que deve substituir o Bolsa Família. A expectativa é que a proposta seja apresentada após as eleições municipais, pois o Palácio do Planalto quer evitar medidas impopulares, como cortes em outros benefícios e o fim de deduções no Imposto de Renda.
Famílias sem assistência
Segundo um estudo realizado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), o encerramento do auxílio emergencial em dezembro deve deixar aproximadamente 38 milhões de brasileiros sem assistência.
A pesquisa ainda indica que as pessoas sem assistência, em sua grande parte, são trabalhadores informais de baixa renda e com pouca escolaridade. Os pesquisadores acreditam que esse estudo reforça a necessidade do governo definir novos rumos para as políticas assistenciais após o término do benefício.
*Contém informações de Money Report e Folha.