O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro cresceu 1,9% no primeiro trimestre deste ano, impulsionado pelo agronegócio. Mesmo com um recuo de 4,22% no PIB do setor, em 2022, o agro representa a maior parcela do PIB nacional, que atingiu sucessivos recordes em 2020 e 2021.
O cenário para o PIB da região do agronegócio paulista também é otimista. De acordo com a Fundação Seade, o crescimento foi de 15,7% entre 2012 e 2022. No último ano, o setor no Estado alcançou um superávit de US$ 20,8 bilhões, puxado pelo complexo sucroalcooleiro. Juntamente a ele, o setor de carnes, soja, produtos florestais (como celulose e papel) e suco representa 79,8% das exportações em São Paulo.
Esse avanço foi 130% maior do que a média do Estado – incluindo todos os setores –, que teve uma taxa de crescimento do PIB acumulada de 6,7% no período. O crescimento do agronegócio foi quase o dobro do apresentado pela região mais industrializada do Estado, de 8,7%, além de quatro vezes maior que o da Região Metropolitana de São Paulo, que ficou abaixo da média estadual, com 3,7%.
A distribuição dos setores de atividade dominantes no Estado se divide em três regiões. A Região Metropolitana de São Paulo, que contribui com 50,3% do PIB estadual, tem como carro-chefe o setor de serviços: seus 39 municípios concentram 56,4% desse segmento no Estado.
O entorno da Região Metropolitana de São Paulo, que inclui as Regiões Administrativas de Campinas, São José dos Campos, Sorocaba e Baixada Santista, é responsável por 33,6% do PIB. A área detém 49,6% da indústria paulista. Já a região do agronegócio abrange mais de 60% do território do Estado, controla 67,5% de sua agropecuária e responde por 16% da riqueza que São Paulo produz. Essa grande área se destacou pelo dinamismo nos últimos dez anos.
Texto: Jornal da USP