Uma informação anônima sobre o que teria acontecido com a mulher que abandonou uma recém-nascida na noite da terça-feira (10/9), dentro de uma sacola na avenida Pio XII, Vila Virgínia, zona Sudoeste de Ribeirão Preto, será também apurada pelo setor de homicídios da delegacia especializada na Polícia Civil de Ribeirão Preto.
As investigações, apesar do esforço contínuo dos policiais, pouco avançaram no caso.
Agora, ainda não considerada uma pista, uma versão foi “comentada” entre moradores de rua e usuários de drogas que transitam, dioturnamente, nas proximidades do local onde a bebê foi deixada.
Ninguém confirma, principalmente, porque impera a conhecida “lei do silêncio” que subjuga com a força do medo, os desabrigados que perambulam pedindo esmolas na região.
A mulher que teria abandonado a criança, segundo os comentários, foi supostamente submetida ao “tribunal do crime”, onde teria sido “justiçada”.
E, em outro comentário manifesto, segundo o qual, seria muito melhor para a mulher ser encontrada pela polícia, do que enfrentar a sentença dos algozes.
Delegado
O delegado Rodolfo Seba, que é o responsável pela investigação da ocorrência, não se pronunciou sobre a versão.
Seba disse, anteriormente, “que denúncias anônimas ajudam no esclarecimento de muitos crimes, e são sempre averiguadas, caso exista indicações verossímeis sobre o assunto”, e ressaltou que as pessoas podem colaborar, no absoluto sigilo, através do número 197.
Relembre o caso
Uma recém-nascida foi localizada sem vida dentro de uma sacola na avenida Pio XII, na região da Vila Virgínia, na Zona Oeste de Ribeirão Preto, no início da noite da terça-feira, 10 de setembro.
Segundo a Polícia Militar, a bebê foi abandonada em um terreno ao lado da via por volta das 18 horas. Policiais militares foram acionados através de denúncia anônima pelo Centro de Operações (Copom, telefone 190)
Quando chegaram ao local, encontraram a recém-nascida dentro de uma sacola com um cobertor.
A menina ainda estava com o cordão umbilical. “É um bebê formado, em perfeitas condições de sobrevida, se houvesse tempo de alguém passar pelo local e socorrer”, disse o soldado Fábio Rocha da Costa.
Os policiais militares realizaram diligências no entorno, conhecido pelo descarte de lixo e pela concentração de usuários de drogas, mas ninguém foi detido. O denunciante não foi encontrado.