A Polícia Civil de Ribeirão Preto investiga desde maio deste ano a existência de esquemas de “rachadinha” – a divisão de salários entre assessores e vereadores – em gabinetes da Câmara Municipal. A investigação foi instaurada a pedido do Ministério Público e apura a ocorrência do crime de peculato (desvio de bens ou recursos por servidor público).
A solicitação partiu do promotor Marcus Tulio Alves Nicolino, que tem atribuição nas varas criminais da cidade, com base em uma denúncia anônima. O denunciante cita a “insatisfação” dos servidores em por terem que dividir seus salários com os vereadores.
A requisição do MP aponta a nomeação, para cargos na Câmara, de pessoas donas de créditos trabalhistas com os vereadores e até mesmo a indicação de funcionários para cargos no Executivo, tudo com o objetivo de arrecadar recursos para os parlamentares.
Até o momento, nenhum vereador ou assessor parlamentar foi ouvido no inquérito policial.