A Prefeitura Municipal de Ribeirão Preto realizou um novo pedido de socorro financeiro para a Transerp, Empresa de Trânsito e Transporte Urbano da cidade. O pedido foi protocolado na Câmara Municipal, e prevê o repasse de R$ 4,8 milhões do dinheiro público à empresa, dividido em três parcelas de R$ 1,6 milhão.
Este é o segundo projeto referente ao resgate financeiro protocolado pela Prefeitura ao Legislativo. O primeiro foi negado pela Câmara, após uma votação no dia 2 de junho. O projeto foi criticado por parlamentares devido a demora em sair das mãos do Legislativo e pela rapidez que o mesmo foi posto para votação.
O novo pedido possui 33 páginas, e detalha as receitas e despesas da Empresa de Trânsito. A proposta foi encaminhada no dia 9 de junho, e segue na fase de pauta para o recebimento de emendas, o que pode durar até 10 dias.
Justificativa
Segundo a Prefeitura, todas as fontes de renda da Transerp foram afetadas devido a pandemia do Coronavírus, e são elas: Taxa de gerenciamento do contrato de transporte público, multas e taxas de trânsito, venda do cartão de área azul e remoção e estadia de veículos ao pátio de guarda.
Para o executivo, o repasse seria destinado ao pagamento dos salários dos funcionários da empresa, que receberam somente 40% do valor total neste mês de junho, sem ter previsão para o pagamento do valor restante
Primeiro protocolo
O primeiro pedido de socorro financeiro aconteceu no dia 2 de junho, quando a Prefeitura solicitou a mesma quantia de dinheiro, dividida nas mesmas parcelas. Na ocasião, a sessão foi a primeira presencial após o retorno das atividades, e vereadores e funcionários da Transerp estavam presentes na Câmara.
A votação terminou com 13 votos a favor e 13 contra, não obtendo então a maioria de votos necessários para a aprovação do projeto. Na época, vereadores contra o projeto afirmaram que, por ser a Transerp uma empresa de economia mista, não cabe a prefeitura prestar socorro financeiro à corporação.