O clima seco no Brasil deve permanecer até meados de novembro. A previsão faz parte de um prognóstico sobre a primavera, que começa às 9h44 (de Brasília) deste domingo (22) – a estação do ano vai até 21 de dezembro.
O documento, elaborado pelo Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia), pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e pela Funceme (Fundação Cearense de Meteorologia), foi divulgado nesta quarta-feira (18).
De acordo com o prognóstico, a chuva pode ficar acima da média no Acre, em Roraima, no sudoeste do Amazonas, no sudeste da Bahia e no Rio Grande do Sul, que sofreu com inundações no outono.
Segundo o texto, o sul do Amazonas, região onde atualmente se concentram com o fogo no estado, ainda deve sofrer com a seca e a incidência de queimadas e incêndios florestais até outubro.
A perspectiva é de retorno gradual das chuvas nos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, na região Centro-Oeste.
“Climatologicamente, [a primavera] é um período de transição entre as estações seca e chuvosa no setor central do Brasil”, diz o documento.
“No entanto, a qualidade e o volume de chuvas, durante a estação, nas regiões centro-oeste e sudeste, e parte da Sul, dependerão da umidade vinda da Amazônia”, afirma o documento.
No Sudeste, a previsão para os próximos três meses indica condições favoráveis para chuva abaixo da média em São Paulo e em parte de Minas Gerais.
Nas demais áreas da região, as chuvas podem ficar próxima ou acima da média, com tendência de serem mais regulares em outubro e novembro.
“As temperaturas tendem a permanecer acima da média, principalmente no oeste dos estados de Minas Gerais e São Paulo” diz a nota técnica conjunta.
No Sul, há condições favoráveis de chuva abaixo dos padrões no Paraná e em Santa Catarina.
No Rio Grande do Sul, a previsão aponta para uma tendência de chuvas próximas e acima da média.
As temperaturas previstas podem ser predominantemente além do tradicional, principalmente no oeste da região Sul.
O fenômeno climático La Niña deve iniciar no Brasil já neste mês de setembro com 58% de chances no trimestre que vai até novembro, diz o Inmet.
Em geral, afirma o prognóstico, em anos de La Niña, ocorre redução da chuva na região Sul do país, enquanto nas Norte e Nordeste há um aumento da chuva. Entretanto, diz, o clima no Brasil não é apenas influenciado pela atuação desse fenômeno.
“Existem outros fatores a serem considerados, que também interferem nas condições de tempo e clima no país, podendo atenuar ou intensificar os efeitos do La Niña”, afirma.
Redação / Folhapress