O objetivo de promover a prática de atividade física para a população ribeirão-pretana, tanto dentro quanto fora do campus da USP de Ribeirão Preto, é o foco do Programa de Atividade Física para Adultos, criado pela Escola de Educação Física e Esporte de Ribeirão Preto (EEFERP) da USP.
A iniciativa, voltada para pessoas entre 30 e 59 anos, pode transformar a saúde e o bem-estar dos participantes, contribuindo para a prevenção de doenças crônicas, melhora da disposição e da qualidade de vida. Além dos benefícios individuais, o programa também fortalece a coletividade, promovendo hábitos saudáveis que podem se espalhar pela comunidade, criando um ambiente mais ativo e consciente da importância da saúde.
Com quatro frentes de atuação, tanto no nível individual quanto coletivo, o programa é coordenado por equipes de pós-graduandos e graduandos que elaboram e executam os treinos, realizam avaliações e preparam relatórios detalhados das atividades. Essas frentes operam tanto no nível individual quanto coletivo, oferecendo suporte personalizado aos participantes, enquanto simultaneamente impulsionam a saúde da comunidade como um todo.
O professor Átila Alexandre Trapé, que coordena o projeto juntamente com a professora Camila de Moraes, ambos da EEFERP, explica que o programa é uma evolução de uma pesquisa iniciada durante a pandemia para ajudar pessoas convalescentes da covid-19. “Em 2022, mudamos o nome do programa para incluir um público mais amplo”, comenta Trapé.
A primeira frente do programa são as aulas presenciais no ginásio da EEFERP. São realizados os treinos três vezes por semana, durante o período de uma hora. “O programa já atendeu mais de 180 pessoas, e são realizados dois tipos de treinamentos: o combinado, que envolve metade do treino na bicicleta ergométrica e a outra metade em circuito de força; e o multicomponente, que alterna entre treinos em circuito e atividades variadas, incluindo jogos”, afirma o professor. Além disso, as aulas presenciais também oferecem avaliações iniciais, acompanhamento de saúde no início do programa e ao longo do tempo.
O professor também diz que são desenvolvidas ações extramuros em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde, no território das Unidades Básicas de Saúde de Ribeirão Preto. “As ações desenvolvem práticas de atividade física fora da Universidade, em locais como parques, praças e escolas, com foco em pessoas adultas, mas aberta para todas as faixas etárias.” As ações são feitas uma ou duas vezes no mês, principalmente durante o final de semana. Segundo Trapé, a ideia é levar a atividade física para as pessoas que não chegam à Universidade.
Em parceria com o Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (HCFMRP) da USP, são realizadas ações para os pacientes internados. “Nós vamos uma vez na semana para proporcionar um momento de prática agradável, para que seja possível resgatar alguma memória afetiva de alguma atividade que os pacientes realizavam ou tentar levar novas experiências.”
Para as pessoas que têm dificuldade de realizar as atividades presencialmente, a EEFERP criou o Grupo de Aconselhamento Saúde +, que é híbrido, on-line e presencial, e conta com 20 participantes atualmente. “O grupo realiza um encontro presencial mensal e interações quinzenais pelo celular, focando em aconselhamento de saúde, hábitos de atividade física e alimentação. A intenção é ajudar as pessoas que não têm tanta disponibilidade para a prática e ver o que tem de disponível perto da casa dela, o que é possível fazer”, diz o professor.
As atividades são uma colaboração entre os Grupos de Estudos e Pesquisas em Educação Física e Saúde Coletiva (GEPEFSC), liderado pelo professor Átila Alexandre Trapé, e do Grupo de Estudo e Pesquisa em Exercício Físico para Condições Especiais de Saúde (GEPEFICES), liderado pela professora Camila de Moraes.
Para mais informações sobre o programa, acesse o Instagram @gepesfc.ussp ou entre em contato pelo WhatsApp (16) 99962-2635.
**Texto de Jornal da USP