Estudantes de Ribeirão Preto estão se mobilizando contra a iniciativa da Universidade de São Paulo (USP) de permitir a instalação de uma base da PM dentro da universidade. No final de maio, estudantes da USP mobilizaram atos pelo “Fora PM da USP!”, “Pelo pagamento atrasado dos auxílios!” e “Pela desterceirização dos restaurantes universitários!”. Os atos aconteceram na USP da Capital, no campus de Ribeirão Preto e no campus de Piracicaba (ESALQ).
O ato foi organizado pela Frente de Luta Combativa USP-RP – antiga Frente Estudantil Contra a EaD, construída através dos princípios da Executiva Nacional de Estudantes de Pedagogia (ExNEPe) – e a Rede Estudantil de Mobilização (REM).
No ato de Ribeirão Preto esteve presente o Sindicato dos Trabalhadores da USP – SINTUSP -, a Associação de Docentes da USP – ADUSP – e alguns movimentos independentes da USP. O ato aconteceu no Restaurante Universitário (RU) na hora do almoço às 11h15, contou com uma faixa escrito “FORA PM DA USP!”, cartazes e panfletos. Na Capital, o ato também aconteceu no RU, mas durante a noite, às 18h.
Os atos
Segundo as entidades que organizaram o protesto, os cortes de verbas constantes em todos os níveis de governo, provocam uma situação que dificulta a vida estudantil, bem como as pesquisas e os investimentos necessários para a manutenção da qualidade universitária.
Ainda segundo os protestantes, há um aumento da criminalidade nos campi, mas não significa que a polícia militar deva intervir nas ações. Para eles, a causa é a perda de verbas que não permite a contratação de vigilantes da própria universidade, abrindo espaço para o ingresso da polícia que, na visão dos organizadores, tem um poder repressor que não condiz com os princípios da universidade.
Outro lado
A Prefeitura do campus da USP em Ribeirão Preto tomou conhecimento da manifestação de alunos e funcionários no Restaurante Universitário no último dia 30 e informa que:
- A instalação da base da Polícia Militar no campus local foi amplamente discutida pelos órgãos competentes, com a participação de representantes de toda comunidade universitária, nos últimos 12 anos.
- Os dirigentes do campus sempre estiveram e continuam com as portas abertas para receber esses representantes e discutir assuntos de interesse de toda a comunidade, numa força tarefa para melhorar cada vez mais a infraestrutura, a segurança e a qualidade de vida de todos os usuários do campus.