A bancada do PT decidiu que vai apoiar o deputado federal Baleia Rossi (MDB-SP) à presidência da Câmara. Dessa forma, Baleia conta com o apoio de cerca de 280 deputados federais contra aproximadamente 175 do bloco de Arthur Lira (PP-AL).
A decisão foi tomada pelo partido após reunião ocorrida na tarde desta segunda-feira (4). Embora tendessem a apoiar Baleia, havia integrantes do partido que preferiam lançar um candidato próprio da oposição para se juntar ao emedebista em um possível segundo turno ou não ficar ao lado dele pelo fato de Baleia ser do MDB.
A reunião da decisão do apoio durou cerca de duas horas e foi marcada após um outro encontro na semana passada, que foi inconclusivo. Em votação, 27 petistas foram a favor do apoio imediato a Baleia contra 23 que preferiam uma candidatura da oposição com apoio a Baleia somente depois ou mais tempo para discussão.
Em nota assinada pela presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann (PR), e pelo líder do PT na Câmara, Enio Verri (PR), a bancada do partido afirma que decidiu apoiar Baleia Rossi a partir de compromissos firmados pelo candidato com os partidos de oposição (PT, PSB, PDT, PCdoB, Rede) que busquem a defesa da democracia, a independência do Poder Legislativo e uma agenda legislativa que “contemple direitos essenciais da população”.
“O PT entende que esta aliança é necessária para derrotar as pretensões de Jair Bolsonaro de controlar a Câmara dos Deputados e, neste sentido, destacamos o compromisso de que serão utilizados todos os instrumentos do Poder Legislativo, como a instalação de CPIs [Comissões Parlamentares de Inquérito], a convocação de autoridades, a edição de decretos legislativos, o exame e resposta institucional a todos os crimes praticados por autoridades do executivo, inclusive o presidente da República”, diz trecho da nota.
O PT, no entanto, ressalta que a aliança com partidos com os quais têm histórico de oposição “se dá exclusivamente em torno da eleição da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados, não se estendendo a qualquer outro tipo de entendimento, muito menos às eleições presidenciais” de 2022.
*Contém informações de Uol.