Muitas vezes a arte reflete a vida para nos oferecer mudanças, reflexões e não cometermos os mesmos erros que marcaram a nossa história. Pensando nisso, essa semana quero indicar alguns livros que narram períodos históricos que marcaram o Brasil e, quem sabe, possam mudar a sua forma de ver o mundo.
Ainda estou aqui
Editora: Alfaguara
Páginas: 296
Autora: Marcelo Rubens Paiva
Quando o marido de Eunice, o deputado Rubens Paiva, foi preso por agentes da ditadura, em 1971, ela teve de utilizar a dor para se reinventar. Mãe de cinco filhos, passou a criá-los sozinha, voltou a estudar, tornou-se advogada e defensora dos direitos indígenas, sem nunca chorar na frente das câmeras. Escrito pelo seu filho, este livro é um ato de luta e amor através do silêncio pelos que ficaram e o ato corajoso de seguir em frente.
Yuxim: Alma
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 350
Autora: Ana Miranda
A história, narrada em 1919, em plena Floresta Amazônica, mostra os pensamentos e o modo que índia vive na fronteira de um mundo externo assustador, que assedia sua cultura com padres catequizadores e brancos interessados nos ganhos que podem ser obtidos com a exploração da floresta. Por meio da linguagem-alma da indiazinha, a escritora fala da alma da floresta, cheia dos ecos das vozes dos bichos e dos rumores da natureza.
Mad Maria
Editora: Record
Páginas: 445
Autora: Márcio Souza
O livro relata a construção da ferrovia Madeira-Mamoré, entre 1907 e 1912. Na época, os investidores queriam construir uma estrada que pudesse competir com o Canal do Panamá. Só que no caminho encontraram obstáculos descomunais: muitas cataratas, milhas e milhas de pântanos e desfiladeiros, centenas de cobras e escorpiões, árvores gigantescas e inúmeros mosquitos transmissores de malária. Antes das obras terminarem, cerca de três mil homens estavam mortos, milhares hospitalizados e uma fortuna em dólares desperdiçada na selva.
Viva o povo brasileiro
Editora: Alfaguara
Páginas: 642
Autor: João Ubaldo Ribeiro
Utilizando uma linguagem popular, o autor cria um “épico às avessas”, para contar a história do país pelos seus anônimos, não seus heróis. Com passagens cômicas, expõe momentos decisivos para a história do país, como a Revolta de Canudos e a Guerra do Paraguai. Uma das maiores obras da literatura brasileira.