Quando a história inspira a ficção

Confira a coluna de Danilo Nunes

Foto: Rede social

Muitas vezes a arte reflete a vida para nos oferecer mudanças, reflexões e não cometermos os mesmos erros que marcaram a nossa história. Pensando nisso, essa semana quero indicar alguns livros que narram períodos históricos que marcaram o Brasil e, quem sabe, possam mudar a sua forma de ver o mundo. 

Ainda estou aqui

Editora: Alfaguara

Páginas: 296

Autora: Marcelo Rubens Paiva

Quando o marido de Eunice, o deputado Rubens Paiva, foi preso por agentes da ditadura, em 1971, ela teve de utilizar a dor para se reinventar. Mãe de cinco filhos, passou a criá-los sozinha, voltou a estudar, tornou-se advogada e defensora dos direitos indígenas, sem nunca chorar na frente das câmeras. Escrito pelo seu filho, este livro é um ato de luta e amor através do silêncio pelos que ficaram e o ato corajoso de seguir em frente.

 

Yuxim: Alma

Editora: Companhia das Letras

Páginas: 350

Autora: Ana Miranda

A história, narrada em 1919, em plena Floresta Amazônica, mostra os pensamentos e o modo que índia vive na fronteira de um mundo externo assustador, que assedia sua cultura com padres catequizadores e brancos interessados nos ganhos que podem ser obtidos com a exploração da floresta. Por meio da linguagem-alma da indiazinha, a escritora fala da alma da floresta, cheia dos ecos das vozes dos bichos e dos rumores da natureza.

 

Mad Maria

Editora: Record

Páginas: 445

Autora: Márcio Souza

O livro relata a construção da ferrovia Madeira-Mamoré, entre 1907 e 1912. Na época, os investidores queriam construir uma estrada que pudesse competir com o Canal do Panamá. Só que no caminho encontraram obstáculos descomunais: muitas cataratas, milhas e milhas de pântanos e desfiladeiros, centenas de cobras e escorpiões, árvores gigantescas e inúmeros mosquitos transmissores de malária. Antes das obras terminarem, cerca de três mil homens estavam mortos, milhares hospitalizados e uma fortuna em dólares desperdiçada na selva.

 

Viva o povo brasileiro

Editora: Alfaguara

Páginas: 642

Autor: João Ubaldo Ribeiro

Utilizando uma linguagem popular, o autor cria um “épico às avessas”, para contar a história do país pelos seus anônimos, não seus heróis. Com passagens cômicas, expõe momentos decisivos para a história do país, como a Revolta de Canudos e a Guerra do Paraguai. Uma das maiores obras da literatura brasileira.

 

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS