Chega a ser engraçado quando temos uma semana com longas tão diferentes, mas semelhantes pela essência estreando na cidade, e nessa quinta-feira (23/05) aconteceu de termos três filmes apenas (ao menos dos que virão para a cidade, outros apenas nas capitais), e todos vêm com essências muito parecidas, pois teremos a versão live-action de uma das animações mais vistas da Disney, um recomeço sequencial de uma franquia que estourou no começo dos anos 2000, e um longa de terror que possui moldes de um filme de super-herói muito conhecido, ou seja, o ápice do reflexo que andamos vendo nas mentes dos roteiristas: a falta de criatividade por algo realmente novo que chame a atenção.
Ou seja, não digo que o que veremos nas telonas seja algo ruim, mas praticamente vamos aos cinemas não tanto pela curiosidade de ver algo novo e desconhecido, mas já tendo pré-conceitos estabelecidos do que queremos ver, e sendo assim o resultado tanto das bilheterias, quanto da emoção realmente do público acaba sendo abaixo do que poderia ocorrer, (ou não) afinal todos podem se surpreender e desejar ver o que vão mudar.
Dito isso, a principal estreia da semana é claro da empresa que mais manda no mundo dos cinemas: a Disney, que resolveu lançar praticamente todas as suas animações agora com atores reais, ou pelo menos utilizando o maior realismo possível com ambientes reais, e a bola da vez após muitas críticas na pré-produção é “Aladdin”, que teve conflitos de gênio ser azul ou não, teve rejeição originalmente de não estarem usando atores egípcios, e tudo mais que se pode pensar, porém o diretor Guy Ritchie costuma surpreender quando pega algo cheio de críticas em cima, e se o primeiro trailer pareceu um pouco simples demais, no segundo contando já com a clássica canção “A Whole New World” ou “Um Mundo Ideal” como acabamos conhecendo mais (afinal quando éramos crianças só víamos filmes dublados – e não reclamávamos!!!)) o resultado acabou impressionando bastante, e aparentemente teremos um filme bem interessante de conferir nas telonas… agora fica a dúvida se vamos ver o que já vimos em 1992, ou se será um New World (novo filme) mesmo.
Outra boa estreia é “Hellboy”, que aliás já conferi na pré-estreia que teve no último final de semana, e que me surpreendeu muito por ser uma bagunça generalizada, cheio de furos de roteiro, mas que diverte demais, pois ao usando da base dos quadrinhos originais, o filme incorpora ideias dos filmes anteriores, e joga uma nova vertente misturando a lenda de Excalibur (que já vimos em no mínimo uns 15 filmes!), coloca gigantes, bruxas, monstros de todo tipo que se pode imaginar, e com muitas cenas fortes de pessoas sendo estraçalhadas em primeiro plano, sangue voando para todo lado, tiros, facadas, e tudo mais que quem gosta desse estilo acaba vibrando, o resultado acaba surpreendendo positivamente, o que é bem bacana de ver, e com essa essência ele nos apresenta de onde veio o diabão (que agora não é mais tão bem humorado), e muda um pouco a sequência do que deve vir se a franquia decidir ter mais longas… Ou seja, um reboot com cara de sequência, ou uma sequência repaginada.
E a última estreia da semana, tecnicamente seria o longa mais original da semana, tendo uma criança de outro planeta com superpoderes que cai na Terra e é criada como se fosse seu filho por uma família que desejava ter um filho e não consegue… opa parece que já vimos isso em outro filme, não é mesmo? Mas aí entra o grande diretor e produtor James Gunn, e sua família toda (afinal o roteiro é do irmão e do primo), que resolveram que o jovem não é um herói que veio para salvar o mundo, mas sim uma força obscura bem maléfica que passa a atormentar toda a pequena cidade com muitas mortes e destruições, ou seja, “Brightburn – Filho das Trevas” promete ser daqueles que fará todos ficarem pulando nas poltronas com sustos vindo do nada, tensões com situações aonde o jovem desaparece, e muito mais que já foi mostrado nos trailers da produção, ou seja, com essência de uma cópia de outro filme, esse foi invertido na ideia do bem contra o mal, veremos o que vai acontecer.
E essa será nossa semana, que não será muito original, mas que poderemos refletir se ao misturar o passado, ou uma ideia antiga com propostas novas pode funcionar ou não. Para quem já quiser ler minha opinião completa do “Hellboy”, os horários dos filmes da semana e outras críticas, é só conferir o www.coelhonocinema.com.br .