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Ribeirão Preto se mantém entre as 30 cidades com maior PIB, mas ainda sofre com desigualdade

População que reside em favelas cresceu 68,4% entre 2010 e 2022 em Ribeirão Preto

Pessoa em situação de rua dorme acompanhada pelo lixo, no Centro | Foto: Melo de Carvalho (TH+ Portal)

O Censo 2022, divulgado no final do ano de 2024 pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), aponta que 23.781 pessoas moram em favelas em Ribeirão Preto. Cerca de 3,4% dos 704.874 habitantes da cidade. O número pode parecer inexpressivo, mas revela uma situação preocupante: em comparação ao ano de 2010, a cidade teve um aumento de 68,4% da população residente em favelas no município.

Em 2010, Ribeirão Preto possuía o 24º maior PIB do Brasil, sendo considerado um dos municípios mais ricos do País. Atualmente, segundo dados de 2021, a cidade continua entre as mais ricas, mas caiu de posição, ocupando atualmente a 29ª posição, segundo a pesquisa Produto Interno Bruto – PIB dos Municípios 2021, divulgada pelo IBGE.

Para a professora Elaine Toldo, da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade de Ribeirão Preto (FEA-RP) da USP, sem dúvida Ribeirão Preto é uma cidade com grande potencial econômico, muita riqueza é gerada e é isso que o número do PIB da cidade revela. “Em termos de setores econômicos, são destaques do município a indústria, que ocupa o 19º lugar no Estado, serviços, ocupando o 8º lugar no Estado, principalmente saúde e educação, os principais destaques do município.”

A professora explica que mesmo com um PIB que se destaca, Ribeirão Preto não deixa de ser uma cidade bastante desigual. “O Brasil é um dos destaques em termos de desigualdade de renda.” Embora tanto a cidade como o Brasil tenham uma renda média elevada, para Elaine “essa renda de fato está concentrada na mão de poucas pessoas. E, segundo o Censo Demográfico de 2010, os microdados do Censo de 2022 ainda não estão disponíveis. A renda per capita dos 10% mais ricos aqui em Ribeirão Preto era 15 vezes maior do que a dos 40% mais pobres”.

Elaine enfatiza o papel da educação na diminuição da desigualdade, explicando que uma das causas da grande desigualdade de renda está na desigualdade educacional. “Hoje a frequência escolar das crianças de 6 a 14 anos da nossa cidade é bastante elevada, mas os dados de aprendizagem estão deixando a desejar. O Ideb dos anos iniciais da República de Ribeirão, em 2023, foi 5,9, ocupando a posição 543 entre as cidades do Estado de São Paulo.” Para a professora, melhorar a qualidade de educação é um dos caminhos para se diminuir a desigualdade presente na cidade.

**Por Jornal da USP 

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