Em entrevista coletiva realizada nesta segunda-feira (5), a Secretaria Municipal da Saúde confirmou o registro de um caso de sarampo na cidade. Ainda de acordo com a instituição, há 15 casos suspeitos, sendo seis crianças e nove adultos.
Durante a coletiva, o secretário da Saúde, Dr. Sandro Scarpellini explicou o caso confirmado. Segundo ele, foi realizado um exame que deu negativo, mas foi enviado uma amostra para a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), no qual deu positivo para a doença. A secretária pediu uma contraprova que foi negada, pois devido ao grande número de casos em São Paulo e na Grande São Paulo, os casos suspeitos serão confirmados como sarampo.
Scarpellini disse que não é surpreendente os casos na cidade e garante que não há motivo para preocupação. “Era esperado que chegasse caso em Ribeirão Preto, exatamente por conta do fluxo entre a cidade e São Paulo, não tem como segurar, mas não há motivos para desespero. Na última epidemia que teve em 1997, Ribeirão Preto conseguiu controlar, sendo que em São Paulo teve muitos casos. Aqui fizemos um bloqueio, o mesmo que está sendo realizado agora”, falou o secretário.
Controle
A cidade de Ribeirão Preto está realizando um bloqueio, ou seja, o caso suspeito é investigado e o comunicante junto com as pessoas que tiveram contato são convocados e revacinados, mesmo que já tenha as duas doses. A estratégia é adotada e indicada pelo Ministério da Saúde e a Secretária Estadual, não sendo necessário a realização da campanha de vacinação.
A diretora do Departamento de Vigilância em Saúde, Dra Luzia Márcia Romangholli, disse que é necessário pelo menos tomar uma dose do reforço. “É importante que a pessoa que teve contato tome uma dose da vacina, o necessário para ativar as células de memória, melhorando a reposta imune”, alerta a diretora.
Romangholli falou que a vacina é altamente eficaz, em torno de 97%, e Ribeirão Preto está em uma situação confortável em relação a cobertura vacinal da doença, ultrapassando os 100%. Os casos de sarampo estão retornando principalmente por causa do movimento antivacina, que vem desde 2010 em todo o mundo. Assim, o vírus voltou a circular de forma epidêmica.