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Salário, carga horária e saúde mental são principais motivos de insatisfação com trabalho, indica pesquisa

Apesar de uma parcela dos trabalhadores estar insatisfeita, os dados mostram um quadro no geral bem mais positivo do que negativo no país

Foto: FreePik

A principal razão de insatisfação com o trabalho no Brasil é a remuneração considerada baixa, seguida pela carga horária elevada e por questões de saúde mental, apontam dados divulgados nesta segunda-feira (21) pelo FGV Ibre (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas).

Os resultados integram um novo indicador da instituição, construído a partir de uma amostra de entrevistados com 5.442 pessoas no trimestre até junho. Não há informações de períodos anteriores para comparação.

Conforme a nova pesquisa, os entrevistados que relataram estar insatisfeitos com o trabalho (6,7%) ou muito insatisfeitos (0,8%) somaram 7,5% do total.

Dentro desse grupo, a remuneração considerada baixa foi citada por 50,5%. O percentual mostrou uma folga para os dois motivos de insatisfação mais lembrados a seguir: carga horária elevada (21,9%) e saúde mental (18,7%). Um mesmo entrevistado podia assinalar mais de uma razão de insatisfação.

O economista Rodolpho Tobler, coordenador das sondagens do FGV Ibre, diz que a reclamação sobre o patamar dos salários é um padrão esperado, mesmo com a recuperação da renda do trabalho nos últimos anos.

“Até as pessoas que talvez estejam satisfeitas poderiam falar que gostariam de ganhar um pouco a mais. Isso é algo natural, ainda mais com a inflação no país.”

Ao analisar as reclamações sobre a carga horária e a saúde mental, Tobler afirma que discussões recentes podem ter estimulado as respostas, inclusive o movimento que pede o fim da escala 6×1.

A pandemia também fez as pessoas refletirem sobre a relação entre o emprego e a mente, acrescenta o pesquisador. “São temas que entraram muito nos debates.”

Apesar de uma parcela dos trabalhadores estar insatisfeita, os dados mostram um quadro no geral bem mais positivo do que negativo no país, segundo Tobler.

Os entrevistados que relataram estar satisfeitos com o trabalho (58,2%) ou muito satisfeitos (17%) formam a maioria. Eles somaram 75,2% do total, o equivalente a 7 em cada 10.

Para Tobler, o resultado está em linha com o contexto revelado pelas estatísticas oficiais do Brasil, que indicaram queda no desemprego com geração de vagas de trabalho e aumento da renda média.

“O cenário é favorável. Todos os ganhos que tivemos no mercado de trabalho estão refletidos aqui”, afirma.

LEONARDO VIECELI / Folhapress

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