São Paulo chega a 25 ouros e 65 medalhas ao fim da 2ª fase dos Jogos da Juventude

São Paulo lidera o quadro de medalhas dos Jogos da Juventude
Washington Alves/COB

A segunda fase dos Jogos da Juventude Ribeirão Preto 2023 foi concluída com sucesso. Os melhores atletas do país até 17 anos deram um show em cinco modalidades: ginástica artística, triatlo, vôlei, tênis de mesa e judô. São Paulo ampliou a vantagem na liderança do quadro de medalhas, com 25 ouros, 24 pratas e 16 bronzes, o que totaliza 65 no total.

Na sequência, o top-5 conta ainda com Rio de Janeiro (15 ouros e 42 no total), Paraná (13 ouros e 42 no total), Rio Grande do Sul (13 ouros e 28 no total) e Santa Catarina (11 ouros e 44 no total).

Na avaliação do coordenador-geral dos Jogos da Juventude, Daniel Santiago, a segunda onda de competições foi uma comprovação da importância que os estados têm dado ao evento, o que inclui um planejamento cada vez mais cuidadoso na formação das delegações.

“No ano passado, o Paraná foi o campeão e este ano estamos acompanhando uma vantagem até aqui de São Paulo. O Rio de Janeiro mostrou força, diferente da última edição. Além disso, vimos a melhora de vários estados que ano a ano demonstram evolução. Os desafios de um evento deste porte são sempre muito grandes, mas todos os serviços oferecidos aos atletas e oficiais foram entregues como planejado e avaliamos como positiva a segunda fase do evento, tanto com relação aos serviços quanto relativo à área técnica-esportiva”, explica Daniel Santiago.

O Comitê Olímpico do Brasil teve como um dos desafios na segunda fase a estreia do triatlo, que exigiu organização, segurança e equipamentos específicos. No vôlei, a realização de competições em quatro sedes simultaneamente, com três divisões, levou a uma força-tarefa para cumprir os horários de transporte, alimentação e premiação. O judô contou com mais atletas do que o Campeonato Brasileiro da categoria.

“A prova do triatlo foi muito elogiada. Tudo correu como esperávamos e a área técnica da Confederação Brasileira de Triathlon (CBTri) ficou bastante satisfeita com o que entregamos. Tivemos o judô, com quatro áreas de competição e como sempre super organizados, o que facilita muito a operação. Fechamos com o voleibol. São três competições em uma, já que temos 27 equipes em três divisões. Tivemos jogos muito equilibrados. As equipes souberam resolver cada questão, trazendo o menor impacto possível para os atletas”, avaliou Daniel Santiago.

O desafio agora nos Jogos da Juventude será receber o último bloco, o maior até aqui, com mais de 2.200 pessoas simultaneamente, entre atletas, oficiais de delegação e arbitragem. A terceira fase terá como atrações águas abertas, basquete, esgrima, handebol, natação, tiro com arco e vôlei de praia. As competições começam nesta terça-feira (12) vão até o dia 16, em Ribeirão Preto.

Judô tem festa do Rio Grande do Sul

No judô, que contou com a presença ilustre da campeã olímpica Rafaela Silva, a competição individual teve como destaque o estado do Rio Grande do Sul, que dominou o quadro de medalhas, com 5 ouros, 1 prata e 5 bronzes, seguido por São Paulo (3 ouros, 2 pratas e 4 bronzes) e Rio de Janeiro (3 ouros, 1 prata e 3 bronzes).

Um dos destaques foi Thayllor Meira, de 16 anos. Nascido em Nova Iguaçu, no Rio de Janeiro, ele foi campeão dos Jogos da Juventude Ribeirão 2023 na categoria até 90kg. O carioca treina de segunda a sábado no Flamengo, mesmo clube da também duas vezes campeã mundial Rafaela Silva.

Na competição por equipes, Rio de Janeiro superou São Paulo na decisão (5×3) para levar o ouro. Os bronzes ficaram com Rio Grande do Sul, que derrotou o Paraná, e com o Mato Grosso do Sul, que venceu o Ceará.

Nova joia no tênis de mesa se apresenta 

No tênis de mesa, o destaque dos Jogos da Juventude foi Vitor Iwamoto, de 15 anos, que conquistou a medalha de ouro. Fã do brasileiro Hugo Calderano e fera na matemática, o goiano roubou a cena e garantiu o lugar mais alto do pódio ao bater na decisão Theo Cruz, representante de Santa Catarina, por 3 a 0 (14/12, 11/8 e 11/5). No feminino, o ouro ficou com a catarinense Analú Prust, que venceu Julia Hatakeyama, de Mato Grosso, por 3 a 0 (11/9, 11/7 e 11/5).

Brilho na ginástica artística aos 12 anos

A ginástica artística se rendeu ao talento de Nicole Bello, que disputou quatro provas (individual geral, por equipes, salto e solo) e conquistou medalhas de ouro em todas. Ao som de “Brasileirinho”, em escolha inspirada pela conterrânea Daiane dos Santos, e com uma simpatia de arrancar sorrisos do público presente, a gaúcha não se deixou intimidar pela pouca idade.

No masculino, muitas atrações. O gaúcho Derick Goulart, o “cara do mortal” de seu bairro em Porto Alegre, foi campeão do individual geral e por equipes, e ainda levou a prata nas barras paralelas e na barra fixa. Nas finais por aparelhos, o paulista Pedro Silvestre roubou a cena, com seis medalhas, sendo quatro de ouro (argolas, barra fixa, barras paralelas e salto sobre a mesa), uma de prata (por equipes) e uma de bronze (individual geral).

Força da nova geração do vôlei brasileiro

No vôlei, Santa Catarina mostrou o talento da nova geração, com destaque para a central Morgana, de 1,94m, e ficou com o título da 1ª divisão no feminino ao superar o Rio de Janeiro por 3 sets a 2 (25×21, 17×25, 21×25, 25×20 e 15×13). O bronze ficou com Paraná. Os cariocas levaram o ouro no masculino com triunfo sobre o Paraná por 3 sets a 0 (25×22, 25×23 e 29×27). Pernambuco levou o bronze.

Nova geração do triatlo encanta

Na primeira aparição do triatlo nos Jogos da Juventude, uma história de arrepiar. Arthur Morer foi o representante do Paraná e a família, claro, resolveu ir torcer por ele de perto. Mas antes do sonho virar realidade, houve um imprevisto. O carro que levava pai, mãe e irmã do atleta, rodou na estrada e foi parar num barranco. Apesar dos danos, ninguém se feriu. E o menino se tornou o primeiro campeão da modalidade na história do evento.

O triatlo também teve a confirmação de um fenômeno da nova geração. Depois de três medalhas no ciclismo, a pernambucana Kawani Sofia foi ao pódio duas vezes no triatlo, com uma prata e um bronze.

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