Os novos capítulos da operação Sevandija, que investigou o maior escândalo de corrupção da história de Ribeirão Preto, serão escritos fora da cidade. O Tribunal de Justiça do Estado designou um juiz de Sertãozinho, Helio Benedini Ravagnani, para assumir as ações derivadas da investigação. A decisão ocorre depois que quatro juízes que atuam em Ribeirão se declararam suspeitos para atuar nos inquéritos e ações penais.
A última magistrada a renunciar à condução do caso foi Ilona Márcia Bittencourt Cruz, titular da 5ª Vara Criminal do município. Ela encaminhou ofício reservado ao CSM (Conselho Superior da Magistratura), alegando razões de foro íntimo para não presidir a operação. Antes dela, Sylvio Neto e Guacy Sibille, já haviam feito o mesmo.
A sequência de designações e renúncias começou depois que o juiz original da Sevandija, Lucio Eneas Ferreira, se declarou suspeito para seguir no caso após o STJ (Superior Tribunal de Justiça) anular as decisões proferidas por ele que deferiram ou prorrogaram interceptações telefônicas durante a investigação.
A anulação for mantida, todas as sentenças já proferidas serão canceladas e os processos “retornarão” para a primeira instância para que o novo juiz faça uma análise, caso a caso, para definir se há provas contra os acusados que não tenham sido derivadas dos grampos.