O atual superintendente do Departamento de Água e Esgoto de Ribeirão Preto (Daerp), Afonso Reis Duarte, falou em entrevista ao Grupo Thathi de Comunicação sobre a 5ª fase da Operação Sevandija deflagrada pelo Gaeco e pela Polícia Federal, na manhã desta terça-feira (13). Chamada Callichirus, a ação investiga o pagamento de propina e lavagem de dinheiro ligados à contratação de uma grande empresa de saneamento feita pelo Daerp.
Segundo ele, a companhia investigada é processada pelo Daerp por serviços que não foram feitos, e atuou em Ribeirão Preto até meados de 2017, quando o contrato chegou ao fim e não foi renovado. Duarte afirmou que, na época, diretores da empresa teriam insistido para manter o vínculo com o Daerp. “Queriam executar obras e instalar equipamentos”, alegou.
O superintendente disse ainda que as pessoas do Daerp envolvidas no esquema criminoso pertenceriam a cargos de confiança e da diretoria do departamento na gestão Dárcy Vera, condenada a 18 anos de prisão pela mesma operação Sevandija. De acordo com ele, os servidores municipais não teriam relação com as fraudes.
Questionado sobre a grande obra que acontece atualmente na avenida Jerônimo Gonçalves, Afonso Reis Duarte afirmou que os trabalhos não são da empresa.
A ação do Gaeco e da PF cumpre quatro mandados de prisões e cinco de buscas e apreensões em São Paulo, Mauá, Indaiatuba e Santa Barbara D’oeste. Em Ribeirão Preto, ninguém é investigado.
As investigações apontam que os crimes de lavagem de dinheiro e pagamento de propina, envolvendo a empresa e o Daerp, permaneceram mesmo após a deflagração da 1ª fase da Sevandija, em setembro de 2016.
Às 15h desta terça-feira (13), uma coletiva de imprensa com integrantes do MP e da PF fornecerá todas as informações. Até o momento, os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
O Grupo Thathi de Comunicação acompanha a operação.