Após pouco mais de um dia na cadeia, Paulo César Dutra Gabrir, 33, apontado como o diretor financeiro da estrutura que permitiu o grande ataque contra instituições financeiras em Araçatuba, foi solto na tarde desta quarta-feira (8), em Sorocaba.
Gabrir foi detido na manhã de terça-feira, junto com outros dois suspeitos, por policiais da 1ª Delegacia da Divisão de Investigações Sobre Crimes Contra o Patrimônio (Disccpat), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), da Polícia Civil. O homem, que mantinha um padrão alto de consumo, ostentava veículos de luxo, é suspeito de financiar, com R$600 mil invasão à Araçatuba.
As investigações do caso levaram até um imóvel no Parque São Bento, em Sorocaba. No endereço, as equipes avistaram uma picape VW/Amarok e conseguiram localizar o suspeito alvo de investigação, que estava acompanhado por Michele Maria da Silva, 40, foragida por tráfico.
Foi realizada abordagem e durante os trabalhos chegou ao local um mecânico, Emerson Henrique Dias, 25, conduzindo uma BMW. Foi também realizada consulta e verificado que ele tinha saído recentemente de um presídio na região de Araçatuba.
Prisão
Os policiais fizeram uma busca na residência e, mais precisamente no quarto, encontraram uma grande quantidade de documentos relacionados ao crime organizado que indicam a presença dele em atividades em vários estados brasileiros.
Durante a ação, o primeiro abordado admitiu ter financiado a operação para roubar os bancos em Araçatuba e, inclusive, revelou informalmente que a logística da invasão àquela cidade custou R$600 mil. Os três foram autuados por organização criminosa.
Outros cinco suspeitos de envolvimento nos crimes já haviam sido detidos pelas polícias paulistas. Os materiais foram encaminhados à Polícia Federal, que prossegue com as investigações para esclarecimento dos fatos.
Liberdade
De acordo com o Tribunal de Justiça de São Paulo, o juízo do Plantão de Sorocaba entendeu que não há indícios suficientes, como a apreensão de armas, explosivos e dinheiro, para associar os suspeitos ao caso de Araçatuba. Em nota, TJ informou que a equipe chegou aos suspeitos através de uma denúncia anônima.