“Feliz ano novo, adeus ano velho…” essa parece ser a música inevitável pela proximidade do novo ano que chega com um perfume de esperança embalado num papel de presente repleto de confiança, pois vencemos o ano que passou e nos enchemos de sábia responsabilidade para viver e desfrutar a grande dádiva que é o ano novo. Olhamos para frente, para um futuro marcado pela nossa confiança em Deus que caminha e vive conosco renovando em nós a fé e nos dando forças para enfrentarmos a realidade.
De vez em quando eu ouço as pessoas falando sobre “simpatias” para o ano novo, ou para a passagem do ano, fazem promessas, depois que a poeira baixa, se esquecem do que prometeram, vem o desânimo e a rotina cai como um peso sobre os ombros. No ano novo, podemos ser pessoas novas, com atitudes novas, com desejos e sentimentos novos. O novo ano é um caminho de muitas alegrias e agradáveis surpresas se nos dermos conta de que andaremos por um caminho ainda não conhecido; se nos carregarmos somente do que nosso coração precisa para desfrutar de tão agradável trajeto.
Já ouvi falarem das simpatias para o ano novo, eu faço algumas sugestões, para que o novo ano seja recheado de boas surpresas e crescimento pessoal. Se todas as pessoas se preocupam com a Paz no mundo, colaboremos também nós com a Paz, evitando pequenas guerrilhas vivendo em paz na nossa casa, entre nossos familiares, com nossos amigos. Ninguém pode tirar a paz de dentro de nós; paz e reconciliação entre nós, nossos amigos, vizinhos, nossas comunidades e familiares é o embrião da paz mundial. É preciso colaborar mais e criticar menos, eliminar a fofoca e alimentar a amizade.
Se não damos conta de percorrer o “caminho da Fé”, façamos uma rota mais curta, visitando os doentes, os amigos que há muito não vemos, ou aquele parente idoso que já não sai mais de casa. Podemos também propor um jejum interessante se durante a quaresma escolhermos um ou mais dias para jejuarmos as nossas palavras, fazer um profundo silêncio, sem conversar, sem celular, sem rádio e sem tv. Silêncio para escutar melhor os outros, a natureza e escutar mais a Deus.
Outra atitude boa a ser assumida no novo ano será pensar bem em quem vamos votar nas próximas eleições. Na hora do voto é necessário escolher gente sincera e coerente, que respeita a fé, a religião e as opiniões das pessoas, que sabe dialogar e que não fala mal de seus concorrentes. Não posso votar em quem xinga os adversários; se xinga o concorrente xinga o povo também. Pensar bem para escolher melhor.
Uma outra meta para o novo ano será aperfeiçoar a vivência de nossa fé. Poderemos aprender mais e aprofundar nosso conhecimento a respeito das virtudes de nossos “santos” conhecidos, que entre nós testemunharam Jesus Cristo com simplicidade e fervor servindo com extrema generosidade aos irmãos e irmãs, como fizeram o Padre Donizetti de Tambaú, Dom Tomás Vaquero na Diocese de São João da Boa Vista, Dom Romeu Alberti, Arcebispo de Ribeirão Preto entre 1982 e 1988, cuja vida revelou a santidade de Deus na simplicidade do dia a dia, bem como na enfermidade vivida sem jamais se queixar e nem mesmo revela-la a quem quer que fosse. Faleceu de Leucemia!
O novo ano será esse caminho que ainda não trilhamos, a estrada a ser percorrida junto com nossos irmãos e amigos, conhecidos ou desconhecidos, mas repletos de alegria e esperança, amor e fé para entusiasmar os que se desanimaram e encorajar os que já não querem mais olhar para as belezas que unidos nós construiremos.
Felicidade e alegria para o ano novo!
Este artigo foi uma parceria com o padre João Paulo Ferreira Ielo, ároco da Paróquia Imaculada Conceição de Mogi Guaçu (SP)