Acontece nesta terça-feira (21), um ano após esfaquear a esposa grávida, sogra e filha, o julgamento do recurso solicitado pelo próprio engenheiro suspeito, Luís Fernando Silveira.
O engenheiro, de 32 anos, está sendo processado por tripla tentativa de feminicídio e aborto – justificado pela ciência do indivíduo na gravidez da esposa. O recurso, solicitado pelo próprio investigado, acontece em tentativa de evitar o julgamento em júri popular.
Para que o recurso seja aceito, será necessário desqualificar a tentativa tripla de homicídio por lesão corporal. “Se mudar a decisão de primeira instância, acho que nós mulheres, principalmente as vítimas, vão sofrer mais ainda. Vai vir uma violência pior do que as facadas”, disse a advogada de defesa da vítima, Jusiana Issa.
Ainda conforme relatado pela advogada ao jornalismo da TH+TV, após a avaliação de hoje, no Tribunal de Justiça de Franca-SP, o suspeito ainda poderá solicitar dois recursos, o que indefine as próximas datas de julgamento.
“Que seja mantida a sentença de primeiro grau”, concluiu a advogada da vítima.
20 facadas
O crime aconteceu em 21 de outubro de 2024, em condomínio particular da avenida São Vicente, em Franca. Na ocasião, o homem teria invadido o apartamento e atacado a ex-esposa com 20 golpes de arma branca após discussão.
Além da ex-esposa, grávida de quatro meses, o homem também golpeou a filha de um ano e a ex-sogra. A criança foi esfaqueada na perna, enquanto a sogra foi atingida nas costas após tentar separar o conflito.
Em decorrência dos gritos de socorro, rapidamente os vizinhos contiveram o agressor até a chegada da Polícia Militar.
O Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) foi acionado e a mãe e o bebê foram encaminhados para o hospital São Joaquim/Unimed, enquanto a ex-sogra foi levada à Santa Casa de Franca.
Na unidade de saúde, os médicos competentes constataram o deslocamento de placenta e perfuração no pulmão da vítima. Grávida, a vítima sofreu um aborto compulsório.



