Bandeira de campanha do prefeito Duarte Nogueira (PSDB), a construção do AME (Ambulatório Médico de Especialidades) deu o primeiro passo para, finalmente, sair do papel. A Prefeitura de Ribeirão Preto publicou, nesta quarta-feira, o edital para a elaboração do projeto para a construção do espaço. A expectativa é que a entrega ocorra no início de 2020. A construção em si, entretanto, segue sem prazo determinado.
A unidade, que terá área superior a 17 mil metros, será construída entre as ruas Visconde de Inhomirim e Monteiro Lobato, na Vila Virgínia. No total, as obras estão avaliadas em R$ 13 milhões. O valor de referência para os projetos, entretanto, é de R$ 488 mil. A expectativa é que seja instalado, no local, a AME mais, que oferecerá 26 especialidades médicas.
Segundo a prefeitura, o prédio terá 24 consultórios, 22 salas de exames, três centros cirúrgicos, 23 salas de apoio e será equipado com aparelhos médicos para a realização de mais de 30 tipos de exames, dos mais simples aos mais complexos, com alta tecnologia e rapidez. Além disso, o AME Mais reunirá estrutura para realizar 1,6 mil consultas médicas por semana, além de três mil consultas não médicas (dentistas, atendimento em enfermagem, entre outros) por mês, 200 cirurgias ambulatoriais mensais e realizar 22 mil exames por mês.
Promessa
Durante a campanha, em 2016, Duarte Nogueira prometeu a construção de três AMEs, sendo que duas delas seriam construídas imediatamente. A primeira seria destinada aos idosos, no Jardim João Rossi, cuja verba, inclusive, já estaria garantida.
A segunda unidade, na Vila Virgínia, seria o AME Mais, e a terceira, a AME da Mulher, seria construída na zona Norte da cidade. Depois, o local indicado foi um espaço dentro da estrutura da Mater, no Quintino II. Nesse caso, houve a doação de uma área para o governo de estado, que será o responsável pela construção. A construção ainda não foi iniciada.
A prefeitura também tentou, em junho de 2017, transformar a Unidade Básica de Saúde Distrital (UBDS) Central em AME. A medida, entretanto, não conseguiu apoio popular, e acabou sendo abandonada pelo governo.
Questionada, a prefeitura não se manifestou sobre o cronograma de construção para os demais AMEs até o fechamento da matéria.
Mais licitações
A prefeitura também anunciou a licitação que irá contratar empresa especializada para realização de serviços de adequação física e a documentação necessária para expedição de AVCB das unidades de ensino da cidade. O valor máximo pelo serviço será de R$ 705 mil.
De acordo com dados divulgados pelo Ministério Público no primeiro trimestre deste ano, somente 11 das 109 escolas municipais de Ribeirão Preto possuem o Certificado de Licença do Corpo de Bombeiros (CLCB) ou o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB). No total, a rede municipal de ensino atende perto de 44 mil crianças e adolescentes.
Vale lembrar que, em 30 de novembro, um estudante morreu dentro da Escola Municipal Eduardo Romualdo de Souza, na Vila Virgínia, na Zona Oeste da cidade. O caso foi investigado pelo Ministério Público, que constatou que aquela unidade escolar não tinha os laudos.