RÁDIO AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO
Botão TV AO VIVO TV AO VIVO Ícone TV
RÁDIO AO VIVO Ícone Rádio

USP tem reforço de vacinação contra febre amarela após confirmação de casos em macacos

A vacinação é segura, eficaz e a principal ferramenta contra a febre amarela e será aplicada durante toda esta primeira semana de janeiro na comunidade uspiana local

Foto: Guilherme Sircili

A Secretaria Municipal de Saúde de Ribeirão Preto confirmou a presença do vírus da febre amarela em quatro macacos bugios encontrados mortos nas proximidades do Biotério Central do campus da USP, na semana entre o Natal e o Ano Novo. O laudo oficial, emitido pelo Instituto Adolpho Lutz, reforça a importância da vacinação como principal medida preventiva contra a doença.

A febre amarela é uma doença aguda, transmitida na forma silvestre, ou seja, nas matas, pela picada dos mosquitos Haemagogus e Sabethes. Já na área urbana a transmissão é pela picada do Aedes aegypti, o mesmo que transmite a dengue, zika e chikungunya.

Os primatas não humanos, como os bugios, não transmitem a doença, entretanto, desempenham um papel crucial no monitoramento da febre amarela silvestre, funcionando como sentinelas para a circulação do vírus. “Esses casos reforçam a importância de medidas preventivas como a vacinação, que é segura, eficaz e a principal ferramenta contra a febre amarela”, destacou o secretário da Saúde, Maurício Godinho.

Medidas de prevenção no campus

A Secretaria Municipal da Saúde, em parceria com a Prefeitura do Campus de Ribeirão Preto, iniciou campanha de vacinação na Unidade Básica de Atenção à Saúde (Ubas) da USP, onde carteiras de vacinação estão sendo avaliadas e doses aplicadas em moradores, estudantes, professores, funcionários, trabalhadores terceirizados e de outros órgãos do campus.

De acordo com o secretário da Saúde, Maurício Godinho, a vacinação é uma ação prioritária: “Estamos começando com a Guarda Universitária nesta segunda-feira (6) e, ao longo da semana, moradores e outros grupos do campus serão imunizados. Posteriormente, a vacinação também será incluída na matrícula de novos alunos”, explicou.

Ainda, de acordo com o secretário, a vacinação também será estendida aos corredores ecológicos, como condomínios próximos às áreas de mata. Além disso, as Unidades Básicas de Saúde (UBS) oferecem a vacina para todos que conferirem suas carteiras de vacinação e verificarem a necessidade da dose. “Não há necessidade de desespero, mas é fundamental que todos verifiquem suas carteiras de vacinação e, se necessário, procurem as Unidades Básicas de Saúde mais próximas”, reforçou o secretário.

Além da vacinação, medidas de proteção incluem o uso de roupas de mangas compridas, calças, repelentes e a restrição de acesso aos locais de mata no campus para pessoas não vacinadas até 10 dias após a aplicação da vacina. A Prefeitura de Ribeirão Preto orienta que a vacinação contra a febre amarela seja priorizada por todas as faixas etárias: crianças a partir dos 9 meses de idade; qualquer pessoa até 59 anos que nunca tenha sido vacinada; idosos (60 anos ou mais) devem ser vacinados caso não tenham contraindicações e estejam incluídos em áreas de risco, mas é necessária avaliação médica.

Lea Assed Bezerra da Silva, prefeita do campus informou que, após se reunir com o secretário da saúde e com a Vigilância Sanitária, foi disponibilizado local para vacinação no próprio campus – Unidade Básica de Assistência à Saúde (Ubas), e que a quantidade de doses de vacina disponíveis será suficiente para atender toda a comunidade do campus – docentes, servidores técnicos e administrativos, terceirizados e alunos. “Além disso, a Prefeitura do Campus está atuando de forma articulada com as Unidades de Ensino, para estimular e coordenar a vacinação.” Já a vice-prefeita, Eliana Franco Neme, lembra a importância dos bugios como sentinelas de alerta à circulação do vírus.

Situação epidemiológica na cidade

Apesar de Ribeirão Preto não registrar casos urbanos de febre amarela desde 1942, ocorreu um óbito em 2016, relacionado à exposição ao ambiente silvestre. A situação atual reforça a vigilância contínua para evitar novos casos em humanos e para controlar a propagação do vírus.

Dados da secretaria apontam ainda que 4 mil crianças não completaram o ciclo vacinal da febre amarela, composta por duas doses aos 9 meses e aos 4 anos de idade. “Estamos realizando uma busca ativa por essas crianças. A secretaria está entrando em contato com todas essas famílias para que as crianças sejam vacinadas. Não é preciso que a população faça filas nos postos de saúde”, disse o secretário. Após esta idade, uma única dose da vacina garante a proteção.

Atualmente, não há nenhum registro de febre amarela em humanos em Ribeirão Preto. Em áreas de mata, o vírus é transmitido pelos mosquitos silvestres Haemagogues e Sabethes e na área urbana, pelo Aedes aegypti, também transmissor dos vírus da dengue, zika e Chikungunya.

**Por Jornal da USP 

COMPARTILHAR:

Participe do grupo e receba as principais notícias de Campinas e região na palma da sua mão.

Ao entrar você está ciente e de acordo com os termos de uso e privacidade do WhatsApp.

NOTÍCIAS RELACIONADAS