O Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social (SEDS), ampliou neste ano o número de vagas de acolhimento para migrantes e refugiados de 180 para 330. A expansão de 83% ocorreu devido à inauguração, em abril, da Casa de Passagem Terra Nova III, localizada em Cotia e com capacidade para atender 150 pessoas.
As vagas criadas garantiram o abrigo de afegãos exilados no Brasil e, recentemente, foram oferecidas aos brasileiros repatriados do Líbano. O Estado de São Paulo é o único no país a oferecer este serviço, que conta também com os abrigos Terra Nova I, Terra Nova II, além de oito repúblicas para migrantes e refugiados.
“Com a entrega do Terra Nova III, o Estado de São Paulo conseguiu suprir a demanda crescente de migrantes e refugiados e ainda oferecer vagas para os brasileiros repatriados do Líbano”, afirma a secretária de Desenvolvimento Social, Andrezza Rosalém. “Nos serviços, vamos além de garantir um lugar para dormir e comer. Auxiliamos essas pessoas com documentação e, caso haja necessidade, providenciamos sua inscrição no CadÚnico para que elas possam acessar todos os programas, serviços e benefícios da assistência social”, ressalta.
Os abrigos têm como objetivo acolher e atender de forma integral migrantes e refugiados em situação de vulnerabilidade social, provendo os serviços necessários para garantir sua proteção, restabelecer sua autonomia e integrá-los à comunidade. Cada unidade funciona 24 horas por dia e atende famílias com filhos, gestantes, idosos, pessoas com deficiência, homens e mulheres solteiros.
Além de atendimento social e psicológico, os acolhidos participam de atividades pedagógicas, culturais e de fortalecimento de vínculos. Também são matriculados em cursos de língua portuguesa e contam com auxílio para inclusão no mercado de trabalho.
O tempo de permanência de cada acolhido é, em média, de seis meses. Em sua maioria, eles chegam aos serviços pelo Posto Avançado de Atendimento Humanizado do Município de Guarulhos e por Agências Internacionais da ONU para refugiados e migrantes, como o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) e a Organização Internacional para as Migrações (OIM).