Muitos são os consumidores que aguardam o dia 27 de novembro para adiantar as compras de Natal ou adquirir um produto de valor mais alto na promoção da Black Friday. O dia especial de super descontos que surgiu nos Estados Unidos caiu no gosto de empresários e clientes em todo o Brasil. Mas os especialistas recomendam: é necessário planejamento da parte dos consumidores e ofertas reais nas lojas, para que todos saiam ganhando nesse período promocional.
Para Sarlyane Braga, professora de Economia da Estácio, os consumidores devem se organizar para comprar o que realmente precisam nessa época e não estourar o orçamento. “Promoção é algo que seduz os olhos, então, se esse cuidado não for tomado, as pessoas acabam perdendo o controle financeiro. E em janeiro tem compras escolares, o início de ano que pode ser cheio de dívidas para alguns, então, as compras na Black Friday não podem interferir a ponto de prejudicar os compromissos que os consumidores virão a ter no ano seguinte”, afirma.
As principais dicas da professora de Economia são a pesquisa em diferentes lojas (online e física) antes de fechar a compra e a atenção com o limite do cartão de crédito. “É muito frustrante comprar de primeira e depois encontrar o mesmo produto com um desconto ainda maior. Por isso, o recomendado é que os consumidores façam pesquisa de preço, verifiquem os descontos e, se forem comprar no cartão de crédito, que tomem cuidado para comparar o limite que o cartão oferece com a renda atual da pessoa. Se o cartão de crédito não for bem utilizado, pode ser uma armadilha por causa dos parcelamentos”, explica a especialista.
Para os lojistas, Sarlyane lembra que é necessário reconhecer quais produtos podem ser oferecidos na Black Friday com descontos reais, e adverte para que não anunciem promoções enganosas. “Se no dia anterior um produto saía por R$ 2 mil, e no dia seguinte, o lojista cria uma promoção dizendo que o mesmo produto custava R$ 5 mil antes, é uma falsa promoção. Isso pode prejudicar a imagem da empresa e o consumidor atento pode recorrer ao Procon reclamando a fraude. A empresa precisa se programar verificando os seus estoques e optar por promoções justas, para evitar problemas futuros”, avisa.