As vendas do Comércio Varejista de Ribeirão Preto tiveram crescimento médio de 1,5%, em maio de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado que registrou um tombo de -3,5% em relação ao ano anterior. É o que aponta levantamento do SINCOVARP (Sindicato do Comércio Varejista) e da CDL RP (Câmara de Dirigentes Lojistas), por meio do CPV (Centro de Pesquisas do Varejo).
“Essa pequena recuperação foi impulsionada pelo Dia das Mães, o período de montagem da Agrishow, os três primeiros dias da maior feira de Agronegócio da América Latina (que caíram em maio) e o Ribeirão Rodeo Music. Tivemos muito mais gente circulando pela cidade, tanto visitantes de mais longe quanto o público da macro-região”, analisa Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV SINCOVARP/CDL RP.
Empregabilidade
Em maio de 2025, a variação entre vagas de emprego abertas e fechadas, no Comércio Varejista de Ribeirão Preto, teve pequena alta de 1,2%. “Percebemos que o setor lojista contratou alguns funcionários temporários, já prevendo que maio seria mais intenso especialmente nos shoppings”, diz.
Índice de confiança SINCOVARP/CDL RP
Considerando uma escala de 1 a 5 pontos, em que 1 significa “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o Índice de Confiança SINCOVARP/CDL RP de curto prazo (olhando para os três meses seguintes) registrou, em maio, média de 3,0 pontos (ante 3,2 pontos em abril). Foi classificado como de regular a otimista.
O índice de longo prazo (que olha para os 12 meses seguintes), também registrou, em maio, média de 3,0 pontos (ante 3,1 pontos em abril). Foi igualmente classificado como de regular a otimista.
“A variação positiva nas vendas de maio foi suficiente para manter os dois índices de confiança na casa de 3,0 pontos, mas isso não quer dizer que o empreendedor estivesse tranquilo com o cenário macroeconômico. No mês passado, foram registradas novas altas da inflação e da taxa de juros. O crédito continuou mais caro e isso impactou no consumo”, afirma o pesquisador.
De acordo com Galli, “O maior ponto de atenção, em junho, é a situação no Oriente Médio e suas consequências. A alta do preço do petróleo, lá fora, pode gerar pressão por aumento de preço dos combustíveis, aqui no Brasil, intensificando a pressão inflacionária que, por sua vez, poderia levar a uma nova elevação da taxa de juros. Se confirmado, esse cenário geraria reflexos negativos ao longo do segundo semestre. É tudo que o Varejo não precisa! Agora é a hora da Petrobras fazer valer a mudança que fez na política de formação de preços dos combustíveis que foi descolada do mercado externo”, finaliza.



