As vendas do Comércio Varejista de Ribeirão Preto tiveram crescimento médio de 3,5%, em setembro de 2025, na comparação com o mesmo período do ano passado quando foi registrada queda de 3,5% em relação a 2023. É o que aponta o CPV (Centro de Pesquisas do Varejo), mantido por SINCOVARP (Sindicato do Comércio Varejista) e CDL RP (Câmara de Dirigentes Lojistas).
“Setembro conseguiu recuperar a queda constatada em setembro de 2024. Também é forte evidência de que os empreendedores estão, cada vez mais, acreditando no potencial do Dia do Cliente para aumentar as vendas. Isso, com certeza, influenciou no desempenho”, analisa Diego Galli Alberto, pesquisador e coordenador do CPV SINCOVARP/CDL RP.
Outra percepção importante é de que “O consumidor continua cauteloso e, ao mesmo tempo, sempre de olho em boas promoções. Isso é o que mais acontece no Dia do Cliente, sendo uma abordagem parecida com a da Black Friday, voltada à uma compra de oportunidade com pagamento facilitado”, diz.
Empregabilidade
Em setembro, a variação entre vagas de trabalho abertas e fechadas, no Varejo local, teve redução de 2%, apontando para uma estabilidade, na comparação com o mesmo período de 2024.
“Esse resultado era esperado para esse início de segundo semestre. Vale lembrar que a partir da segunda quinzena de outubro começa a movimentação para as contratações temporárias de fim de ano. Mais uma vez a tendência é de que os empreendedores segurem, ao máximo, as novas contratações até mais perto da Black Friday*, observa Galli.
Índice de Confiança
Considerando uma escala de 1 a 5 pontos, em que 1 significa “muito pessimista” e 5 “muito otimista”, o Índice de Confiança SINCOVARP/CDL RP de curto prazo (olhando para os três meses seguintes) subiu um pouco, em setembro (na comparação com agosto), com média de 2,8 pontos (ante 2,6 pontos na pesquisa anterior). A avaliação é regular.
Considerando o índice de longo prazo (olhando para os próximos 12 meses), a média de agosto ficou em 3,0 pontos (ante 2,3 pontos na pesquisa anterior). A avaliação é de regular à otimista.
Fatores macroeconômicos
“A pressão inflacionária perdeu um pouco de força, no entanto, não foi o suficiente para evitar preocupações com o cenário macroeconômico nesse fim de ano. “Os níveis de inadimplência e de endividamento das famílias continuam altos. A taxa de juros permanece em 15% ao ano e assim deve continuar até dezembro, pelo menos. Esse conjunto de fatores encarece o crédito e prejudica o poder de compra do consumidor”, afirma Galli que finaliza destacando esse último trimestre (outubro, novembro e dezembro) como decisivo para o ano do Comércio Varejista.
“Empreendedores e empreendedoras precisam caprichar no planejamento para o restante do ano, tendo em mente que o consumidor continua cauteloso e vai valorizar muito as promoções. Farão pesquisas na internet e nas lojas físicas, comparando preços de um ambiente com o outro, para, aí sim, decidir suas compras. Agora é a hora de pensar ‘fora da caixa’. Quem se diferenciar da concorrência terá melhor resultado!”.
